Crônicas

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O dia do amanhã


Não sabemos sobre o dia do amanhã, mas podemos nos esforçar para que o dia do amanhã chegue amanhã.


"Nasci na Gália no ano de 22 AC e desencarnei na Líbia no ano 20 da era cristã. Fui oficial da legião dos leões que estava na Líbia, Núbia.

Como governador de Al Katrim, me comprazia atrelar na minha biga, puxada por dois cavalos velozes, crianças, homens, mulheres, novos e velhos, que eram puxados através da estrada seca e pedregosa daquela região da África.

Os corpos se despedaçavam e eu era exaltado pelos meus pares… Morri em combate com tropas egípcias e me deparei em uma região de treva profunda, talvez uma caverna.

Muitos gritos e rostos aterradores me esperavam. Fui levado a um estado de total animalidade por mil e quinhentos anos, quando servos de Maria me resgataram.

Sendo levado a outro plano, fui aos poucos tendo meu espírito reajustado, minha mente normalizada e meus pensamentos corrigidos. E compreendi os horrores que cometi.

Que tristeza DEUS !

Por trezentos anos permaneci em preparo para reencarnação e pedia a graça de receber para desencarne o mesmo destino dado por mim a outros.

No ano do Senhor de 2001, após busca incessante por quem me recebesse como filho, um casal tiranizado por mim aceitou. Reencarnei!

Agora em comoção generalizada, como irmão Joãozinho, desencarnei e agradeço ao Pai ter me atendido dando destino igual ao que dei às minhas vítimas. Estou em paz, estou na luz. Resgatei um pouco do meu passado, outros momentos virão. Confio em Deus."

Titus Aelius.

Psicografia do menino João Hélio, que foi arrastado pelos assaltantes preso ao carro, no Rio de Janeiro.

Justificação:

Embora este Blog descreva sobre acontecimentos e situações irreverentes, acredito piamente na lei da "causa e efeito" e, questionando ou não a veemência dessa psicografia, eu continuo acreditando que se fizermos bom uso do nosso livre arbítrio, nossas ações não nos trará reações dolorosas e tristes...

“O tempo assina o acaso como um pseudônimo, por isso que nada acontece por acaso”

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Sintoma World Wide Web


Enquanto a civilização persa tinha como paranóia desenhar em rochas, reverenciar Deuses e expandir sua agricultura, a civilização moderna exala em seus poros sujos de poluição, conceitos e palavras como “interatividade”, “comunicação” e “socialização” (vulgo Internet).


Embora o número pareça inexpressivo (dado o contingente absurdo de pessoas) estima-se que existam 60 milhões de brasileiros com Internet em vossas residências, um número vergonhosamente baixo para um país que está perto dos 200 milhões de habitantes.

Se pensarmos que muitos empreendedores ainda possuem o medo de não receber pedidos via “on line”, este número até que não espanta tanto, mas ainda assim me envergonha.

“A Internet é a cura para aproximar pessoas em um ambiente virtual” – Frase antagônica não é mesmo? De qualquer forma ela é a maior fonte aglutinadora de conhecimento que um ser pode ter nessa vida (nem mesmo um casamento entre um filósofo e uma bióloga ofertaria tanto conhecimento).

Mas o assunto é outro: O que te leva a pensar que você não é um viciado em Internet? Já parou pra pensar nessa heresia?

Abaixo seguem os sintomas que se socializam mais com o seu ambiente sintomático e febril de vício pela Internet:

- Esquecer seu smartphone em casa é pior que prisão de ventre em elevador lotado. Dá uma angústia dos infernos se sentir um isolado no mundo das redes sociais, você é dominado por uma curiosidade absurda em saber o que ta rolando no Facebook, no Twitter e por aí vai...

- Você não confessa, mas é um “mobile people” personificado! Possui Facebook, Twitter, Linkedin, Flickr, Foursquare e até Orkut e não fica 20 minutos sem monitorar seu perfil nas redes. Acertei?

- Ligar pra pessoa, pra que? Você pode baixar aplicativos como o Whats App ou MSN e conversar com os dedinhos “zigue-zagueando” na tecla do seu smartphone. Em breve, mensagem de texto vai ser coisa pra cachorro.

- Tem Blog? Se não tem ainda vai ter! Calma, isso já já vai te contagiar! Já tem Blog? Ok (confesse) você não fica 1 hora sem passar por ele só pra ver quem comentou no seu último post. Certo?

- Seu Iphone possui mais aplicativos que ferramentas funcionais.

- Você leva uma vida física quase que “off line”, enquanto que na vida “on line” sua vida é mais lotada que fila de emprego na Rua Galvão Bueno.

- Basta parar em um farol pra sacar teu celular e começar a navegar em tuas redes sociais e email.

- Checa tuas redes sociais antes de dormir e antes mesmo de escovar os dentes pela manhã.

- Frequentar loja é coisa do passado. Você adquire quase tudo virtualmente, através de sites e blogs de e-commerce.

- Fica todo contente quando alguém te adiciona no Facebook e Fousquare e fica cheio de orgulho quando alguém da “RT” em alguma frase sua postada no Twitter.

Veja sua pontuação e reflita. Se atingir 6 pontos dos 10 sintomas citados: “Ó céus, eu sou um viciado em internet!”

A cura? Procura no Google!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

"Declinar" é não arriscar




A simples silhueta do medo fez com que a sua tentativa se tornasse uma desistência. Exagerou no medo de errar, porém pecou na abstinência de ousar!


Ao rejeitar sua tentativa ele não se arriscou e na falta da coragem ele estancou seus horizontes, travou suas expectativas e desenhou o seu fracasso em uma linha tortuosa.

Os anseios fazem parte de qualquer empreendimento. Esperar é intensificar o desejo de realizar. Fracassar contabiliza experiências de vida porque as infelicidades são notórias, porém mutáveis!

No anseio de fracassar ele duvidou das suas aptidões e com isso se antecipou ao erro, porém manteve-se na mesma linha pontilhada: Não deslizou, mas também não andou!

Sem as “dúvidas” não existem as “certezas”.

Com a certeza temos a convicção. Com a convicção criamos metas. Com as metas evoluímos e com a evolução amadurecemos...

... Com o amadurecimento envelhecemos e com a velhice olhamos para trás e vemos o quão saboroso foi o sabor da luta e da perseverança ofertada.

Salvo o grau das tuas ambições terrenas e mundanas, querer é poder em qualquer circunstância!

domingo, 14 de agosto de 2011

Aos mestres com carinho



Abandonem as diferenças e deixem as incompatibilidades dentro da penteadeira.

Valorize o Dia dos Pais, pois somente quem passa o Dia dos Pais sem o seu principal protagonista sabe que o espetáculo passa batido e sem aplausos...

Curtam seus pais como se não houvesse o amanhã!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Idade Cornológica


Um dia tudo que você mais teme na vida irá te pegar numa virada de quarteirão: Suas orelhas irão crescer. Vai perder o sono às oito da manhã. Uma gripezinha irá durar três semanas. A lista de compras do supermercado irá se resumir em sopinha, fralda geriátrica e fixador de dentadura... Enfim...


Porém, muito antes disso acontecer, provavelmente você enfrentará a mais temível das condições humanas: A idade cornológica.

Idade cornológica: uma contemplação irrevogável!

Não existe idade cronológica para a idade cornológica. É que nem consórcio, quando você menos espera é contemplado!

Se na aritmética do amor 2-1 = Nada, na equação do corno 1+1 (x1) = 3...

Ahhhh, o amor.

Tão complexo quanto atualização de Iphone no Itunes, o amor surge por simbiose cósmica, cresce por algumas intersecções mútuas e é traído por algumas derrapadas singulares.

Trair é a coisa mais fácil do universo, seguida de enganar uma criança, esquartejar uma criança e enforcar uma criança.

A traição só é complexa no “passo a passo” da língua portuguesa, chifrada, quer dizer, cifrada pelo professor Pasquale Cipro Neto:

Segundo ele, os termos traição e amor são contextos parônimos, ou seja, apresentam sentido diferente, porém, para quem trai, são palavras homófonas, ou seja, possuem o mesmo sentido de razão.

Oi?

Não existem meias verdades por trás das traições amorosas assim como não existe preferência de autoria; mulher trai tanto quanto homem nos dias modernos e corriqueiros de hoje, basta uma acomodação para a saliência posterior na cabeça surgir.

Porém, antes de trair, a pessoa reluta, pensa e repensa nos acontecimentos posteriores, mas depois que trai fica difícil não repetir a dose. Isso é fato!

Você consegue comer um bis de limão sem devorar a caixa inteira? Consegue tomar meio gole de Yakult? Resiste ao cheiro de um pote de Nutella sem devorá-lo?

Pois bem, então não consegue trair somente uma vez!

Engraçado mesmo é avaliar a estupidez impensada do traidor: No começo os encontros são às escuras, depois, paulatinamente, se sucedem dentro do carro, atrás do poste, naquele restaurante rústico de esquina em pleno meio dia, enfim...

Depois, com o passar do convívio e da merda da intimidade, o sujeito aceita as sugestões de outro traidor e se sujeita a pegar a sujeita em qualquer cenário menosprezando a confiança em não ser pego com a bunda na latrina (você entendeu o trocadilho, certo?).

Insisto em dizer (e vou contra a maioria das pessoas em minha tese) que só traímos porque não pensamos nas conseqüências e sim na satisfação imediata da cabeça debaixo.

Mas e as mulheres? Por que elas traem?

Ao invés de me oferecer como cobaia, estou pensando em difundir uma enquete, que tal? Melhor que ser um hamster com chifres, certo?