segunda-feira, 24 de junho de 2013
Repertório comportamental
Imagine uma compilação com centenas de canções, cada qual formulando um momento circunstancial da vida... Uma trilha sonora palpável, e não somente audível.
Imagine que, assim como cada faixa, aquele lindo sábado de sol partirá e permanecerá na lembrança imaterial da nossa memória... Memória ativada primorosamente por uma canção escolhida para contemplar aquele momento.
Imagine que tudo – absolutamente tudo – fará parte de uma trilha sonora.
Pois bem.
Nossa vivência é provisória e tudo é construído dentro de um repertório. A vida é um planejamento imortal, o problema é que nós nos debruçamos na vida corporal e no imediatismo das questões que envolvem o “agora”. Ficamos repetindo o mesmo CD até decorarmos as faixas conseguintes e tão logo perdermos o interesse.
Nada se aprende decorando, mas sim decodificando. Basta pensarmos além do alcance da nossa visão material e aprimorarmos nossas indagações acerca do que estamos nos transformando.
O primeiro passo:
Temos conscientização da nossa imortalidade ou fomos apenas informados sobre ela?
Diante de todas as fabricações feitas pelo homem, desenvolvemos inúmeros “dispositivos agregadores” como o telefone, a internet, o celular e os chats das redes sociais. Pensamos com nossa vã inteligência que estamos cada dia mais próximos uns dos outros quando na verdade nos distanciamos um pouco a cada dia.
Na contramão de todo este apelo interpessoal encontramos a maneira mais profícua de nos divorciarmos da solidão nos convidando a conhecer uma pessoa que é a única capaz de conviver eternamente conosco: Nós mesmos!
Me diga: Quantos de nós temos contato consigo mesmo?
Quantos de nós perdemos o sabor pelo desfrute das nossas conquistas?
Quantos de nós deixamos de arriscar por pura acomodação com a atual realidade?
Sabemos arrumar o controle remoto da televisão ou a bicicleta, mas não sabemos nos ajustar? Não temos capacidade para desenvolver uma leitura de nós mesmos?
Não fomos treinados para nos conhecer e com isso perdemos nossa apropriação pela felicidade.
Somos sugestionados desde a infância, passando pela adolescência, até alcançarmos a vida adulta e perguntarmos para nós mesmos:
Necessidade real ou necessidade falsa? Valores ou desejos? Prevenção ou reabilitação?
Traduzindo em português claro: Necessidade falsa = Sugestões sociais mercantilistas e superficiais. Necessidade real = Submeter-se a um exercício contínuo de restauração, trabalhando as tendências negativas para um novo comportamento feito por meio de um rigoroso exame mental.
Vencer nossas restrições, nossas fobias sentimentais, nossas reclusões mais íntimas é a forma de treinar novas qualidades e lapidar o nosso caráter, permitindo relacionamentos mais construtivos, afastando-se das crenças obsoletas, enraizadas impositivamente por vidas passadas e por algumas convicções falsas da vida atual.
Mudemos nossa personalidade!
Assim como tudo fará parte de uma trilha sonora, mudar o comportamento é o único caminho para a evolução e para um novo repertório, ou você prefere deixar o CD no “repeat”?
Mudemos nossa personalidade!
Somos os protagonistas da nossa história e os outros são os coadjuvantes dos episódios que se sucedem a cada encontro, ou desencontro.
Que este texto faça parte da nossa memória, assim como uma linda canção que nos recorda um momento significativo.
Então...
Prontos para apertar o “play” e seguir viagem?
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Uau! revolucionário! rs . Muito bom este texto em que vc tratou de traduzir seus sentimentos frente ao que tem se apercebido e valeu o convite do "play" pena que não será possível com um simples apertar de um botão mas decodificando cada lição! -Mãos à obra todos nós! um forte abraço! dos amigos: Andréa, Manuel e Orlando
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