Sinto que “morrer” não está em nosso script, mas está lá no final dos créditos, do sobe e desce das letrinhas miúdas que ignoramos tacitamente.
Na ordem compreensiva, entender a morte nos impulsiona a desfrutar a vida com mais afinco e, ao mesmo tempo, de maneira menos teatral. Viver é enfiar o pé na jaca e botar o pé na estrada a qual você pavimentou da forma que você achou que seria ideal para você.
Alguém já se imaginou com cabelos brancos e com a pele enrugada? Como você vai chegar até lá? Resmungando ou cativando?
O fantasma do envelhecimento assusta mais que espantalho no meio do milharal. Assombra os nossos pensamentos e povoa nossa imaginação com diversos pontinhos de interrogação. Entretanto, viver é envelhecer, nada mais além disso!
Mas ainda assim, existe algo ainda mais triste do que envelhecer; insistir em ser uma criança!
Além da perniciosa invenção da vaidade humana (o espelho), alguns pontos são notabilizados quando atingimos a escala maior:
Trocamos as densas barras marrons de chocolate pelas insossas e descoloridas bolachas de água e sal; as roupas ficam grandes porque você diminui lentamente de tamanho, e por aí vai...
E quando trocamos o ritmo eletrônico do “tuntistun” das baladas de sábado pelas caminhadas vespertinas aos domingos? Não, não, isso é ser casado!
Começar a limpar a casa todos os dias, olhar para trás quando estiver caminhando, dar “bom dia” pra toda coisa que se mexe à sua frente, isso sim são sintomas crônicos do envelhecimento.
O mais constrangedor são os apelidos que as crianças e até os netos bobos dão aos mais velhos: velho caduco, velha coróca, velho bocó, bruxa do 71, velha tchonga, velho corcunda, homem do saco, senhor madruga, vovô “Mara” (maracujá), um extenso vocabulário...
Porém, e se pudéssemos largar tudo e hipotecar o futuro?
Enfrentaríamos mais “entretantos” do que já estamos acostumados:
A televisão assumiria o papel da companheira fiel e constante, “entretanto”, os canais (cada vez mais sem conteúdo) enjoariam rapidamente.
Conheceríamos centenas de pessoas, trocaríamos milhões de experiências, “entretanto”, a sociedade se tornaria imperiosamente pasteurizada.
A “vassoura da vida” seria variada e com múltiplas escolhas, uma espécie de tudo sobre o nada, ou nada sobre o tudo. “Entretanto”, manteríamos os antigos hábitos porque ninguém muda ninguém. Nos adaptamos e nos moldamos quando existe a mola propulsora chamada “interesse”.
Teríamos um convívio ininterrupto com nós mesmos, “entretanto”, cansaríamos facilmente pela muita falta do que se fazer, ou pela falta do muito que fazer.
E se fôssemos imortais?
Envelheceríamos pela falta de inovação, pela falta de intensidade e entusiasmo. Envelheceríamos pela repetição dos sentimentos e dos eventos sociais, conseqüência natural da vida.
Não existem contos de fadas! Entretanto, ficar velho é obrigatório, crescer é que é opcional!
É complicado delinear uma tipologia... Bom mesmo é fazer a diferença pra alguém, a conseqüência de se tornar imortal com essa possibilidade se torna uma probabilidade concreta...
Na ordem compreensiva, entender a morte nos impulsiona a desfrutar a vida com mais afinco e, ao mesmo tempo, de maneira menos teatral. Viver é enfiar o pé na jaca e botar o pé na estrada a qual você pavimentou da forma que você achou que seria ideal para você.
Alguém já se imaginou com cabelos brancos e com a pele enrugada? Como você vai chegar até lá? Resmungando ou cativando?
O fantasma do envelhecimento assusta mais que espantalho no meio do milharal. Assombra os nossos pensamentos e povoa nossa imaginação com diversos pontinhos de interrogação. Entretanto, viver é envelhecer, nada mais além disso!
Mas ainda assim, existe algo ainda mais triste do que envelhecer; insistir em ser uma criança!
Além da perniciosa invenção da vaidade humana (o espelho), alguns pontos são notabilizados quando atingimos a escala maior:
Trocamos as densas barras marrons de chocolate pelas insossas e descoloridas bolachas de água e sal; as roupas ficam grandes porque você diminui lentamente de tamanho, e por aí vai...
E quando trocamos o ritmo eletrônico do “tuntistun” das baladas de sábado pelas caminhadas vespertinas aos domingos? Não, não, isso é ser casado!
Começar a limpar a casa todos os dias, olhar para trás quando estiver caminhando, dar “bom dia” pra toda coisa que se mexe à sua frente, isso sim são sintomas crônicos do envelhecimento.
O mais constrangedor são os apelidos que as crianças e até os netos bobos dão aos mais velhos: velho caduco, velha coróca, velho bocó, bruxa do 71, velha tchonga, velho corcunda, homem do saco, senhor madruga, vovô “Mara” (maracujá), um extenso vocabulário...
Porém, e se pudéssemos largar tudo e hipotecar o futuro?
Enfrentaríamos mais “entretantos” do que já estamos acostumados:
A televisão assumiria o papel da companheira fiel e constante, “entretanto”, os canais (cada vez mais sem conteúdo) enjoariam rapidamente.
Conheceríamos centenas de pessoas, trocaríamos milhões de experiências, “entretanto”, a sociedade se tornaria imperiosamente pasteurizada.
A “vassoura da vida” seria variada e com múltiplas escolhas, uma espécie de tudo sobre o nada, ou nada sobre o tudo. “Entretanto”, manteríamos os antigos hábitos porque ninguém muda ninguém. Nos adaptamos e nos moldamos quando existe a mola propulsora chamada “interesse”.
Teríamos um convívio ininterrupto com nós mesmos, “entretanto”, cansaríamos facilmente pela muita falta do que se fazer, ou pela falta do muito que fazer.
E se fôssemos imortais?
Envelheceríamos pela falta de inovação, pela falta de intensidade e entusiasmo. Envelheceríamos pela repetição dos sentimentos e dos eventos sociais, conseqüência natural da vida.
Não existem contos de fadas! Entretanto, ficar velho é obrigatório, crescer é que é opcional!
É complicado delinear uma tipologia... Bom mesmo é fazer a diferença pra alguém, a conseqüência de se tornar imortal com essa possibilidade se torna uma probabilidade concreta...
Adorei essa foto! Concordo com os apelidos e com a maioria do texto...
ResponderExcluirMuito bom!
Sabe quem gosta de velho?
ResponderExcluirReumatismo, artrose, infarto......
Brincadeira, mas acho que no trânsito não é lugar deles, definitivamente.
Adorei....hahaha...minha mãe dá bom dia p tudo....hahahaha....
ResponderExcluirbjos
Eu ainda não tive filhos, o livro estou escrevendo, mas em compensação (do aquecimento global) já plantei várias árvores!
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