Ele
germina pelas oportunidades que são geradas pelos encontros. Vive da ótica fora
da ética e da insistência ingênua dos que são fiéis a ele.
Companheiro
da tristeza de muitos que investiram cegamente e confundiram sombra com
presença, ausência com frequência e por aí vai...
Uns
o usam como muleta, evitando erroneamente as suas feridas, outros usam durante
o inverno e outros mal sabem que usam, até se sentirem usados, ironicamente,
por uma atitude entre causa e efeito.
Embora
ele permita inúmeras tentativas, erros, topadas, deslizes e recriações, quem o
usufrui não perdoa os erros do postulante, oque me parece um tanto
contraditório... É como se Jesus retornasse a terra para punir a humanidade,
sobrepujando os ensinamentos do seu criador.
Inversão
de valores doutrinados por uma sociedade voltada para o individualismo; todo
mundo procura por si próprio e ninguém, absolutamente ninguém vive sem um amor,
entretanto, aí vai mais uma contrariedade:
Fazemos
da solidão uma morada, quando na verdade ela deveria ser uma pousada: sazonal,
sabática, de veraneio, mas jamais uma fixação aderente aos nossos sofrimentos e
ressentimentos.
O
amor não trai, nós é que somos ilegítimos com ele mesmo.
O
amor não pune, nós é que julgamos e tateamos mal... Bem mal.
Todos
os amores podem ser verdadeiros, nós é que somos mentirosos.
Você
disse que ele era “permanente” para uma pessoa “provisória”!? Azar o seu, o
amor não fala, ele faz, mediante o tempo, a paciência e a persistência.
O
amor é uma literatura gostosa e de fácil compreensão, nós é que metemos uma
porrada de dilemas e conflitos afetivos separando seus capítulos como uma
espécie de marca página.
Ele
está aí, por aí, em todos os lugares, mas nós (muitos de nós) nos escondemos
tão bem dele que depois não conseguimos nem nos encontrar de nós mesmos, e
assim vivenciamos sombras e sobras, sombras criadas por um holofote que um dia
terá sua energia cortada, ou você acha que viverá para sempre esta vida?
Mas
existe algo que não é contraditória nessa intersecção de valores e propósitos:
Nós
não temos mais paciência para ele; cansamos das segundas chances, das pisadas
na bola, das crenças, das investidas... Das oportunidades de crescimento.
Não
se dá fermento ao amor, se dá permissão, mas o medo em sofrer congela os próximos
passos, e daí não andamos, pelo menos com ele.
E
pra onde vamos sem ele?
Eis
a questão:
Não
temos tempo para deixar o amor se apaixonar... E assim ele se vai, sozinho para
um lado e você, sozinho para o outro.
Quer
uma dica?
Ao
conhecer uma pessoa, pergunte se ela é medrosa ou audaciosa e coloque isso como
o primeiro item do seu processo seletivo.
Quem
tem medo de errar jamais conhecerá a felicidade. A felicidade é feita para quem
tem coragem em sofrer.
Caracas, que texto bonito!!
ResponderExcluirMuuuito obrigado!
ResponderExcluirSempre arrasando, Pan!! Muahxxxxxxxxxxxxxx
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