Esperaram
os oficiais seis meses de namoro para se confrontarem com a primeira crise. De
fato, existe um ritual intransponível em uma relação: a crise dos seis meses.
A
crise dos seis meses é como um salto com varas ou uma corrida de 100 mts com
barreiras; é uma cláusula contratual da qual você tem que passar de qualquer
jeito. Não existe leviandade para burlar esta etapa, nem tampouco o jeitinho
brasileiro de querer tirar vantagem.
O
casal sensato aguarda pacientemente a crise dos seis meses sem antecipar os
meses, é uma forma nobre de não interromper a rotina prazerosa do ineditismo,
de aceitar, absorver e permear individualmente o que está bom e o que poderá
ficar melhor ainda.
A
crise dos seis meses é o temeroso provão do final do ano - entretanto – a dedicação
comprova que quem se prepara, não teme.
Casal
que posterga a crise dos seis meses está incitando o suicídio indireto da
própria relação, evitam o inevitável, contornam o incontornável e dão voltas e
mais voltas mesmo estando em uma linha reta...
Não
se preocupam com a validação das gentilezas, com a manutenção do acúmulo dos aborrecimentos,
não questionam se o parceiro está realmente feliz daquele jeito, enfim, casal
que não enfrenta junto não é casal, são competidores.
Atrasar
a crise dos seis meses para futuramente acumular com a crise do 1° ano é se
afugentar de si mesmo, uma hora você será farejado pela tão temida cobrança e
esta, não permite intersecções.
A
crise dos seis meses não é um capricho de casal moderno, é um mal necessário
que oferta aos dois um tipo de propósito ainda maior ao que unem essas almas,
nos dá a oportunidade de escolha, de saber se o que estamos trilhando para a
nossa vida é o que realmente acreditamos e, acima de tudo, se estaremos
preparados para as crises seguintes.
Porque
casal que esquece de brigar, esquece de fortalecer a relação.
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