Quinta-feira, eu, você e minhas provocações distraindo
a sua concentração no filme do Tarantino.
Quinta-feira, porque bondade não é ingenuidade; uma coisa é malícia, outra coisa é maldade.
Quinta-feira, dia de se deixar em paz, porque é o penúltimo dia do ócio e um dia antes do ofício, sexta-feira, sem eira nem beira, uns de coleira, outros na bandalheira.
Quinta-feira, dia de se deixar em paz, porque é o penúltimo dia do ócio e um dia antes do ofício, sexta-feira, sem eira nem beira, uns de coleira, outros na bandalheira.
Quinta-feira, dia sagrado da ausência de postergação;
se tiver que apostar, arrisque, se tiver que tocar a campainha com uma garrafa
de Sauvignon na mão, toque e se jogue em puxões de cabelos e arranhões antes
mesmo de adentrar na sala.
Se não houver atrevimento, não é quinta-feira, volte 3
casas e permaneça na segunda-feira.
Quinta-feira, dia nacional dos amores incertos, mas que,
lá no fundo (no fundo da garrafa de Sauvignon) você bem que desejaria que fosse
o certo.
Enviou dezenas de mensagens para o destino, mas, como ele é uma
criança endiabrada, trouxe este para você aprender a saborear a vida sem
precisar se preencher em outros frascos.
Quinta-feira, dia que antecede a tão ludibriosa
sexta-feira, por sinal, se fôssemos reparticionar os dias da semana em nosso
cérebro, ela, sem dúvida ficaria com o ego; capciosa, petulante, arrogante,
cheia de si... Mas a gente, que não é dessa gente, preferimos a quinta-feira,
esta sim não depende de ninguém, nem da quarta, nem da pretensa sexta.
Entretanto, e neste texto cabe um tanto, há de se
respeitar a 3ª Lei de Newton (ação e reação), a quinta-feira depende da sua
inércia ou da sua tenacidade em vivê-la na adrenalina ou na passividade de um
filme da sessão da tarde, porém, como a sessão da tarde passa todos os dias (de
segunda a sexta), nosso alto astral ainda prefere o inigualável sábado.
O sábado ainda nos oferta a sensação de sair de uma
cabine com uma capa vermelha e um “S” no peito, vai entender...
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