Crônicas

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O patinho feio e o cisne branco


Reconhecer os nossos defeitos ocupam os charts do bom comportamento, encabeça o “Top Ten” da lista das coisas mais belas e exemplares das nossas vidas. Mas o que dizer da feiúra, as pessoas reconhecem com esportividade o despojo estético?

Com exceção de alguns fenótipos que reverenciam as origens dos milenares ogros do pântano, mocorongos, ou monstros saídos da mente de Stephen King, a feiúra, de certa forma, possui algum atrativo. Alguma coisa ali te agrada, te deixa curioso, desperta interesse. Isso porque geralmente o feio desenvolve algo que muitas vezes é desconhecido pela facilitação da beleza: A inteligência e o bom humor.

Entretanto, é interessante avaliar o estereotipo do feio. Ele não tem imagem esperando por ele. Não se envaidece da própria beleza, mas sim da beleza da mulher, dos filhos e da mãe. Não se prende a facilidade, pois nunca teve facilidade na vida. O terror que se abate na feiúra faz com que a mesma se torne uma das formas mais latentes de exclusão social, (feminina ou masculina).

A feiúra é desmotivacional!

E o esforço? Ahhh, o esforço é sempre posto em prática, até mesmo dentro da própria casa. A feiúra incomoda o público, ninguém aplaude; A educação foge, sai correndo e isso é simples de enxergar. Para o feio, ninguém abre a porta do carro, puxa a cadeira para sentar, dá preferência de faixa no trânsito, fornece rapidamente algum tipo de informação.

Ser feio é padecer no paraíso!

A feiúra está sempre sendo justificada, seja em blogs, em charges, em revistas ou em crônicas. A beleza fica ali, recebendo agrados e afagos, gentilezas e reverências, ocupa as melhores posições e ângulos do universo publicitário, porém não há filtragem de caráter. Ser belo atrai uma gama de diversificações tal como a cidade de São Paulo e seus “estrangeiros” regionais.

Ética sem estética ou estética sem ética?

O belo de hoje seria o feio de ontem, basta abrir o Google e pesquisar os “estereótipos” de antigamente, ainda naquele mundo em preto e branco... Daí veio a televisão, o rádio a pilha, o microondas, o walkman, o CD e, bem antes de chegar o I Phone e a Plasma (vendidos a granel graças às inesgotáveis prestações das Casas Bahia) surgiram os protótipos (não confunda com arquétipos) da sociedade moderna.

Hoje o feio é considerado feio, não tem jeito! Antes a feiúra nos proporcionava um certo questionamento, porque era embasada dentro de um conceito de gostos. Por outro lado, é possível dar um jeito no feio:

Siga exemplos exibidos na televisão:

O feinho engraçadinho – Acesse o horário eleitoral gratuito e veja o Tiririca!

A feinha popular – Assista aos seriados da “Betty, a feia”! Até a irmã mais feia da “Betty, a feia” deixa de ser feia por breves 30 minutos.

A feinha inteligente – Susan Boyle é o exemplo de esperteza na terra. Trabalhou arduamente sua voz e ficou conhecida no mundo todo pelo seu esforço... Ela canta bem vai?

Entretanto, se você não teve a sorte de nascer bonito, nem tão pouco o dom de ser competente em algo, nós lhe daremos algumas dicas pra você não ser um feio vagal:

Telemarketing – Aí está uma prova que para um bom atendimento não necessita ser bonita ou gostosa. Só não pode vender “mortandela” e “prestração”, senão o português fica feio!

Redator – Profissão recompensadora e muito interessante, e você não precisa sair da sua casa, nem pra entregar o que criou, muito menos pra receber o que cobrou!

Radialista – Nada melhor que enfrentar o trânsito das metrópoles com uma voz a suavizar os nossos tímpanos, certo? Mas cuidado, não confunda os sentidos: geralmente essa profissão exalta a audição, mas desaponta na visão.

Escritor – Já viu escritor com a cara do George Clooney, Brad Pitt ou Gianecchini? Ou alguma escritora estilo Alessandra Ambrósio, Carol Castro ou Megan Fox? Pois bem, não tem!

A feiúra é desmotivacional. Procure algo inspiracional: seja legal!

É bom que se olhe para o futuro com carinho, atenção e sabedoria, pois chega um momento em nossas vidas em que não se cobra beleza, e sim postura, intelectualidade, cultura e educação.

Mais vale um patinho feio gentil do que um cisne branco mal educado!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A popularidade do voto obrigatório


Está aberta a temporada de caça ao seu voto! Os cruzamentos infestados de cartazes com propaganda eleitoral, panfletos no chão (sujando porcamente a nossa cidade) e canais de televisão substituindo sua programação pelos debates entre os candidatos... Entretanto, o pior ainda está por vir: a Propaganda Eleitoral Gratuita.

Termo que me intriga um pouco em sua compreensão porque de gratuita a propaganda eleitoral não tem absolutamente nada! Não seria melhor se fosse Propaganda Eleitoral Obrigatória? Sim, porque essa epidemia infesta a nossa casa, salvo quem tem televisão por assinatura.

Deus abençoe a TV a Cabo!

Ela surge no período das eleições com a intenção de propagar o roteiro meticuloso dos candidatos, bem como seu poder diabólico em persuadir a massa a votar nesse ou naquele pretendente.

A Propaganda Eleitoral é um prato farto para os pretendentes a ocupar um tranqüilo e rentável cargo no poder. Através de discursos bem elaborados por assessores e marqueteiros especializados na arte de seduzir e entorpecer, nem que para isso seja necessário ocultar as falhas do candidato ou denegrir a imagem da oposição.

Diferentemente da Propaganda Eleitoral (que dizem ser gratuita), votar é um direito, e não deveria ser considerado um dever, algo que contradiz a própria constituição onde atesta que o Brasil é um país democrático.

Aonde?

Que país democrático hein? Obrigando jovens a perder um domingo inteiro para o TSE? Sem remuneração, sem descanso e sem benefício algum, passivo de multa caso haja ausência na convocação. Isso sim é gratuito!

Imaginar que o voto obrigatório vai gerar indivíduos politicamente desenvolvidos é ilusão, hipocrisia!

Se não houvesse tal obrigatoriedade, o cidadão eloqüente e com o mínimo de inteligência, não sairia da sua casa pra pegar fila, trânsito e perder o domingo com essa babaquice. A única arma que temos contra esse sistema ditatorial e opressor é o voto nulo, assim sendo, expressaríamos nossa indignação contra essa palhaçada descarada!

O componente essencial dessa trama toda se chama Urna Eleitoral, entretanto, sua popularidade não é tão glamorosa. Dos 191 países existentes no mundo, apenas o Brasil e o Paraguai possuem Urna Eleitoral. Por que será que ela é tão desprezível hein?

Já reparou que toda vez que tem eleição acontece algo de errado com a dita cuja? Fraudes na contagem, atraso na votação, votos escamoteados, vendidos e barganhados, isso sem contar num dado curioso: o povo nunca tem acesso com precisão aos números da eleição. Tão misteriosa quanto à idade da Glória Maria!
Saber com precisão os números da eleição é como encontrar um floco de neve no inferno!

Puro moralismo cínico!

Nessa invasão de privacidade marqueteira e pretensiosa da Sra Propaganda Eleitoral, sinto que navegamos em um oceano repugnante de xingamentos, ofensas e uma lavagem de roupa suja aberta ao público. Um show de horrores pior que a Oprah Winfrey e seus patéticos entrevistados.

Sinto que os candidatos se oferecem como mercadoria e nós, os cidadãos, viramos consumidores. O problema é aceitar os sintomas da democracia, a minoria pensante desse país nunca escolhe o “cardápio”, por conseguinte, sofremos com a longa indigestão de quatro anos ou mais, causada pela classe estúpida, burra e ignorante do nosso país!

Imaginar que o voto obrigatório vai gerar indivíduos politicamente desenvolvidos é ilusão, hipocrisia!

Moral da história: Como não aceito a opressão do sistema em votar obrigatoriamente e ainda ter que votar no candidato “menos pior”, eu voto nulo!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Tá na moda se vestir de modismo?


Que tal começar um texto eloqüente com uma pergunta divergente?

E você: Veste a moda ou se cobre de modismo?

De acordo com as explicações de entendidos desse “métier”, moda e modismo são assuntos distintos, semelhantes apenas na gramática propriamente escrita ou no idiota devidamente escravo das vitrines e passarelas.

Antes de desenvolver um raciocínio ponderado sobre o assunto proposto, vou confessar algo que a voz da minha consciência sussurra ao meu ouvido: O Modismo é uma merda!

Imaginem uma imensa fábrica de Legos produzindo o que? Legos! Pois bem, imaginem milhões deles saindo de uma mesma máquina, todos enfileiradinhos como um pelotão das forças armadas anãs: O mesmo formato, o mesmo tênis, o mesmo cabelo, a mesma calça, a mesma camiseta... Enfim, o “mesmo mesmo”, tudo mesmo! Isso é o modismo!

Agora, pensem em uma imensa fábrica de Havaianas, todas sendo fabricadas com seu estilo próprio: cor diferente, design diferente, aparência diferente, tamanho diferente... Até a gostosa do comercial é uma gostosa diferente...

... Tudo diferentemente de tudo! Isso é a moda!

O conceito de moda circunda sempre na palavra “diferente”, notaram isso? Estar na moda é ser diferente. O problema é quando você e milhões pensam da mesma forma, aí virou modismo.

É como comparar uma "festa à fantasia" com uma "festa do branco". Enquanto que alguns seres vão à Ladeira Porto Geral soltar a imaginação com os inúmeros modelos de fantasia, outros vão à Hering comprar camisetas básicas.

A moda tem calafrios de falar do passado, mas convenhamos: aonde existe emoção em seguir a mesma tendência? Usar as mesmas roupas, falar a mesma linguagem e ser igual aos outros? Como é possível deixar uma identidade própria em busca de um estereótipo comum? E a personalidade, onde fica?

O modismo é puro conformismo, entretanto, é mais antigo que a Dercy Gonçalves, veja sua lendária história:

O modismo da moda a moda antiga:

Conta à lenda que o modismo surgiu dos povos do Himalaia, que usavam a mesma pele de búfalo todo santo inverno. Entretanto, na antiga Romênia, um certo príncipe da Valáquia, conde Vlad, que depois adotou o pseudônimo de Conde Drácula, já abusava do modismo e da falta de criatividade. Seu guarda roupa possuía apenas uma longa capa preta com fundo vermelho; em sua penteadeira, gigantescos potes de “gumex” e gel para moldar seus hediondos formatos de cabelo, isso sem contar no excesso de “corega” para segurar os seus dentes pontiagudos.

Personagens imortais do modismo:

- Chuck Norris (e o seu modelito “mamãe fui pra guerra”)
- Rambo (e a sua cansativa fita vermelha na testa)
- Jason (e a sua roupa rasgada de Village People)
- Highlander (e o seu estilo “Conan” de ser)
- Clodovil (?????)
- Hebe Camargo (e o seu regenerativo “sorriso colgate”)

O modismo da moda que está na moda:

Chegamos ao nosso século e com ele a necessidade de aparecer e de ser visto. O modismo hoje é representado por um governo democrata e sua alteza: Luciana Gimenez.

A rainha, por sua vez, possui uma legião infindável de súditos e aspirantes a famosos, seja participando de um reality show com nome de fazenda, seja usando minissaias na faculdade ou até mesmo usando nomes de frutas ou cantando funk com roupas tamanho PQPPC (Puta Que Pariu, Pequeno Pra...), bah!

Personagens mortais (que seja logo) do modismo contemporâneo:

- Glória Kalil (de tanto andar na moda, tropeçou no modismo)
- Vera Loyola (e os seus mirabolantes cortes de cabelo)
- Ronaldo Ésper (depois que saiu do “Super Pop” saiu também da moda e nunca mais foi o mesmo).
- Geisy Arruda (exemplo do modismo sem querer querendo; quem imaginaria que uma minissaia viraria moda de novo? Nem ela!).
- Fiuk (Nome artístico tem jeito, viu?), a mais recente sensação no mundo do modismo:
- Ué? Mas ele ainda não está na moda?
- Calma! Já já ele vem pra cá!

E assim a moda desfila, enquanto que o modismo destila. Como dizia Athayde Patreze em seu microfone de ouro: Simplesmente um luxooooo!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Pato Donald abusadinho?


Nem só da fama vivem os mais afortunados e ilustres personagens do nosso mundo moderno... Pelo visto, eles adoram “aparar a grama” do vizinho. É estranho, e eu que pensava que “pular a cerca” ou “atravessar a ponte” fosse coisa de classe média, sim, porque pobre atravessa o córrego, não a ponte.

Assédio é assédio em qualquer lugar, entretanto, alguns ganham notoriedade pela impressão que se tinha acerca do caráter da pessoa... Outros ganham notoriedade pelas acusações sem fundamento de pessoas usurpadoras aptas a ganhar dinheiro à custa de quem já tem.

Britney Spears, Bill Clinton, Paris Hilton, médicos, advogados, psicanalistas, qualquer um pode assediar sexualmente alguém, mas peralá, o Pato Donald?

Hahahahahhaha, ou melhor, Quáck Quáck Quáck!

Essa estarrecedora notícia fez com que eu buscasse (a fundo) a derradeira verdade. De início, reticente a minha vontade, descobri as principais influências desse quadro “pato”lógico. O amigo de longa data, Zé Carioca, já havia assediado a musa luso-brasileira Carmem Miranda... Seria um indício perverso do Pato?

Lá vem o Pato Pata aqui Pata acolá.... Lá vem o Pato pra tentar lhe abusar!

Bom, o caso de assédio se deu recentemente nos Estados Unidos. Uma esperta mulher, de 27 anos acusou o pueril Pato Donald de abuso sexual. Segundo a esperta, o Pato teria se aproveitado dela, dando-lhe umas apalpadas...

Posso abrir um parêntese?

Vocês conseguem imaginar o Pato Donald apalpando a mulher e falando (fanhamente) coisas depravadas em sua orelha? Eu não!

Vocês não acham um tanto exótico o Pato Donald (um dos personagens mais carismáticos do criador Carl Barks) colocar em risco toda sua reputação por conta de uma mulher já com filhos e casada? Ele é um pato, e patos gostam de patas... Ele não faria isso com a Margarida, e se o fizesse, teria o bom gosto de apalpar uma solteira e sem filhos!

Para dar sustentabilidade a esse caso sem provas, a mulher remonta o passado e relembra que em 2004, um certo personagem teria abusado de uma garotinha de 13 anos, passando a mão na guria.

Sabem quem era o acusado da vez? O Tigrão, isso mesmo! O Tigrão! Foi daí que veio a adaptação do funk carioca “qué dançá, qué dança, o tigrão vai te ensiná”... Afinal de contas, a gente adora plagiar americano!

De qualquer forma, acho que isso não passa de um plano maquiavélico dos Irmãos Metralha para denegrir a popularidade do Pato vestido de marinheiro.

Porém, o mais exótico disso tudo é que esse acontecimento rolou em 2008 e a espertinha resolveu abrir a boca somente agora, em 2010. Um tanto suspeito não acham? Isso tá com cheiro de “aperto financeiro familiar”...

E eu que achava que “aplicar o golpe” fosse matéria prima brasileira. Na certa, a espertinha americana deve ter esbarrado com o Maluf na Disney, ou mesmo com a Sra Cristina e o Sr Bismarcker (os sócios/doleiros da Igreja Universal), exímios professores na arte de multiplicar dinheiro...

Mas e agora? Quem vai defender o Pato Donald no tribunal?

Pô, fala sério! Tava me esquecendo que ele tem um tio sentado no dinheiro, quer dizer na moeda... É só pagar a fiança e voltar pra Patópolis.

Mas Donald? Cá entre nós, dá próxima vez põe teus sobrinhos pra sair na foto, senão você vai ter que pagar pensão pra Margarida!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Majestade musical soberana


16 de agosto de 2010. Hoje se completam 33 anos em que Elvis Presley nos deixou... Um longo período sem a voz marcante do Rei do Rock N Roll, sem a sua dança que arrastava milhares de fãs histéricas, sem suas roupas legítimas e inigualáveis, como seus macacões repletos de brilhantes, chamados de “As Jumpsuits”...

Mas porque Elvis Presley foi um artista tão popular e tão aclamado? É possível adquirir tanta fama e sucesso a uma pessoa só?

Elvis Presley foi uma pessoa sempre a frente do seu tempo. Seu estilo único e suas performances explosivas fundaram uma nova era, tanto cultural quanto estética, influenciando o mundo e, consequentemente ameaçando a sociedade conservadora e repressiva da época.

Inserido em uma engrenagem sócio-história-cultural exageradamente complexa, Elvis moldou uma personalidade em meio a fatores históricos que traçaram (na época) novos rumos para a humanidade: O preconceito racial que assolava os Estados Unidos, a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Fria entre os blocos capitalista e socialista dentre outras mudanças...

Pai do Rock N Roll e fonte inesgotável de criações e fusões (rock, rhythm and blues, folk, country), Elvis marcou gerações pela profundidade e eloqüência de suas interpretações, mais uma vez revolucionárias para a época.

Musicalmente falando, Elvis era praticamente perfeito! Especialistas afirmam: seu alcance vocal, que atingia notas consideradas dificílimas para um cantor popular faziam de Elvis um cantor virtuoso, de senso rítmico, força interpretativa, afinação impecável e um timbre inigualável... Um autêntico Barítono!

Após 33 anos da morte do Rei (16 de agosto de 1977), as vendas continuam a disparar! Estima-se que Elvis já ultrapasse a marca de mais de 1 bilhão e 500 mil cópias vendidas, transformando-o em um artista único, soberano e quase que intocável. Sua popularidade não pára de crescer devido a herança adquirida de geração à geração, repassada e alimentada por bilhões de pessoas em torno do planeta...

Elvis é assim!

Ouvir suas canções e estarmos vivos frente a uma lenda é um motivo nato de comemoração, por isso traçei algumas curiosidades que apimentaram a personalidade do Rei durante sua jornada na terra:

- Filho único, capricorniano e extremamente vaidoso, Elvis Presley tingia seu cabelo de preto rigorosamente de duas a três vezes por mês e suas costeletas eram pra lembrar os tempos de caminhoneiro.

- O sucesso inesperado se deu através de um presente para a mãe. Elvis gravou duas canções para presentear a sua mãe Gladys e logo foi chamado pelos produtores da Sun Records para dar continuidade ao seu talento.

- Seus macacões são alusivos ao esporte que tanto se empenhava, o Karatê. Elvis foi faixa preta no 2° Dan.

Como qualquer ser passível de emoções, Elvis acertou e errou em muitas coisas, mas a essência da sua obra e a sua imagem nos palcos serão lembradas mesmo daqui há mil anos...

Seria bacana se ele visse o legado que ele nos deixou e o quanto ele contribuiu para a nossa cultura, social e musical. Acima de tudo, Elvis foi sempre ele, bondoso, religioso, humilde e fez tudo sempre do jeito dele, comportamento traduzido primorosamente na canção “My Way”.

Mesmo após 33 anos de sua morte, Elvis continua a interpretar (como ninguém) as nossas emoções e sentimentos... Mesmo após 33 anos...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Meu nariz, assim sem você


Meu nariz, assim sem você (Música: Adriana Gafanhoto/Letra: Dedé Constipação)


Menstruação que atrasa, torneira que só vaza, sou eu assim sem você...
Mendigo sem esmola, pipa sem rabiola, sou eu assim sem você...

Por que que você é porca assim? Nunca tem respeito por mim. Você é tão deselegante, seu pum é nauseante, sua imundície nunca chega ao fim...



Sambista sem cavaquinho, farofa sem lombinho, sou eu assim sem você...
Ideais sem almaço, praia quente sem mormaço, sou eu assim sem você...

To louco pro nariz tapar, pra não ter mais um pum a cheirar. Teu peido é um arraso, que puta de um descaso que você faz com meu narigão...

Por favor tente me entender, esse teu cheiro é o meu maior martírio. Eu penso em planos pra te repreender, mas o “Imosec” tá de mal comigo... Por queeeee? Por queeee?



Atentado sem o ETA, roupa de grife sem etiqueta, sou eu assim sem você...
Paulista sem bicharada, Robinho sem pedalada, sou eu assim sem você...

Por que que você é porca assim? Nunca tem respeito por mim. Você é tão deselegante, seu pum é nauseante, sua imundície nunca chega ao fim...

Itunes sem Iphone, mulher sem silicone, sou eu assim sem você...
Email sem spam, Bial sem Giulia Gam, sou eu assim sem você...



Por que que você é porca assim? Nunca tem respeito por mim. Você é tão deselegante, seu pum é nauseante, sua imundície nunca chega ao fim...

Por favor tente me entender, esse teu cheiro é o meu maior martírio. Eu penso em planos pra te repreender, mas o “Imosec” tá de mal comigo...

Por favor tente me entender, esse teu cheiro é o meu maior martírio. Eu penso em planos pra te repreender, mas o “Imosec” tá de mal comigo... Por queeeee? Por queeee?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Manual do bumbum quente


Abandone seus pensamentos podres e sórdidos ao ler o título dessa crônica e atenha-se ao que realmente lhe interessa: não levar mais chute na bunda!

Você vive levando fora? Vive com a bunda quente de tanto chute que leva? Parece pratinho de festa infantil? Só te dão bolo?

Deixe de estagiar na C&C (levando canos e mais canos pra casa) e aja como um homem! Os bonanzas não prosperam e os afoitos só se desesperam. Faça parte da escolha também, ou você prefere ficar na fila à espera de uma oportunidade?

Dar um fora, levar um fora, ficar de fora ou dar o fora? É assim que você deve pensar, seu bunda mole!

O princípio primordial para começarmos as mudanças é: Auto-estima e confiança! Já viu mulher gostar de cara cagão? Daqueles que não decidem absolutamente nada? Nem o restaurante, nem o cinema, nem a posição na hora h? Fala sério!

Estufou o peito? Está mais confiante? Que bom, vamos lá:

Escolha dentro da sua lista de opções uma prioridade. Se você ainda não tem, procure os centros integrados cuja concentração de mulheres seja intensa, a seguir:

Parque do Ibirapuera num sábado de manhã, Shopping Iguatemi num sábado à tarde, uma caminhada nas calçadas da Oscar Freire (sempre tem algumas obras de arte tomando suco nos cafés chiques de lá).

Massss, se a sua opção restringe-se ao orçamento, procure locais mais alternativos: postos de gasolina na Robert Kennedy nos finais de semana, padarias, botecos, lojas de conveniência em Guaianazes, Pirituba ou Vila Carrão... Porém (muito porém), cada lugar uma emoção e cada emoção um sorriso... Ou uma comoção. Não pense em encontrar obras primas nesses locais, a probabilidade de esbarrar em rascunhos é bem maior, meu amigo inocente!

Retomando o foco, produza-se! Invista na estética, na aparência e na moda também! Mulher adora um cara bem vestido, seja despojado, clássico ou contemporâneo, siga o que te faz bem! Certamente você vai encontrar alguém que vai se sentir bem com o seu jeito de fazer bem.

Agora que você se produziu, você já pode botar as asinhas de fora. Se joga! Vai pro mundo e veja a imensa gama de oportunidades que te espera! Visite os lugares citados (de acordo com sua preferência ou bolso) e saia à caça. Ensaie! Pense antes ao abrir a boca, seja educado, sagaz e inteligente! Ofereça algo que poucos homens dispõem: conteúdo!

Abandone os “sei lás” e os “serás”! Lembra do Hardy? Aquela hiena melancólica e pessimista do desenho da Hanna-Barbera? (Óh vida, Óh céus, Óh azar). Pois bem, deixe-a trancafiada no sótão. Mulher nenhuma gosta de homem indeciso ou inseguro. Procurou, achou? Invista! Seja persuasivo sem parecer um vendedor de Yakult ou de plano de saúde. Não force a barra.

Evite excessos! Gente radical só se dá mal! Não seja muito Don Juan, nem muito Shakespeare, saiba utilizar a lei da relatividade. Mulher não curte homem mais grudento que pêlo em sabonete, mas também não curte cara acelerado. Tá achando que você tá na feira? Põe na sacola e leva pra casa? Peralá filho!

Também não seja nem muito atrevido, nem muito travado... Se travar fodeu! A não ser por um delicioso beijo, tem coisa pior que o silêncio entre duas pessoas?

Acima de tudo, escolha acertadamente. Não precisa chegar numa pançuda cervejeira com uma bunda de meio acre, mas também não precisa chegar em uma magricela parecendo bandeira de pirata (só pano e osso). E lembre-se: Se chegar numa baita gostosa, prepare seu arsenal de diálogos e intersecções. Mulher muito bonita e muito gostosa é que nem melancia, ninguém come sozinho!

O manual do bumbum quente não está à venda, muito menos se trata de conselhos de auto-ajuda, é uma simples e divertida maneira de levar a vida na graça, sem ser a diversão de alguém!

Então... Já decorou a cartilha?

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Crônicas de um tempo apressado


O tempo passa diante de tudo que se pode ver, tocar, cheirar e sentir. O tempo passa diante do espelho e diante dos nossos anseios em saber da inevitável transformação da aparência.

O tempo passa diante dos quadros, dos livros mofados e dos aposentos inanimados pela presença de outra ausência: o amor! A mais invisível e letal das ausências: o amor!

O tempo passa apressado para um amor ofertado, e que já não é mais ofertado porque o tempo passou apressado. Passou tão apressado que você não o sentiu, não o viu e, em alguns casos, não fez questão de abrigá-lo porque o desdenhou e confiou na sorte, sem lembrar que a sorte subestima o tempo, mas nunca a própria sorte.

O tempo é um ponto de vista, mas nunca uma visão vista sobre um ponto!

O tempo passa tão apressado... Ainda bem que passa apressado! já imaginou um domingo vagaroso, com uma ressaca letárgica e com uma enxaqueca inesgotável? E uma segunda feira eterna? E uma dor no dente em pleno feriado?

O tempo passa apressado para dar significado à beleza, porque tudo que existe de belo deve ser passageiro. Só enxergamos a beleza quando a mesma é mutável, inovadora e inédita. O belo estagnado não é belo, é cômodo, neutro e tanto faz como tanto fez. Um dia você gostou e amanhã você se desfez!

Nada é definitivo!

Não existe a palavra “tempo” nos versos que componho porque pretendo cravar meus versos no próprio tempo e transformá-los em eterno! O tempo passa apressado para mim também, amanhã não estarei mais aqui, mas meus versos falarão por mim, no silêncio acalmado de uma leitura ou de uma noite fria de inverno!

Nada permanece permanente!

Muda-se a cor dos rios, a cor dos teus cabelos, a cor da casa que um dia morei. Muda-se o formato das nossas roupas porque elas dançam graciosamente no formato do nosso corpo. Mudam-se as idas que hoje são somente vindas e muda-se a vida também!

O tempo passa apressado num abraço apertado, em um romance jurado num olhar desviado; em um amor configurado e no divino enlace de duas almas que se amaram num tempo que já passou apressado e que hoje passa aproveitado!

O tempo passa apressado, o tempo passa atavicamente, mas ele fica também!

Ficam as doces melodias que nos trazem à tona uma pessoa que nos deixou e que encontraremos certamente em outra vida. Ficam os lugares, aromas, paisagens, estradas... A saudade é a amiga inseparável para aqueles corações que souberam amar!

Ficam as lágrimas percorrendo o mesmo rosto, renovadas apenas pelas recordações e pela esperança de um reencontro!

Fica a história que se construiu com alguém e os contos que não se materializaram...

Muita coisa fica, perdura e sobrevive: gestos, boas ações, sorrisos estampados translucidamente na memória... Desencontros... Ficam as cartas de amor, as fotografias, as bugigangas na prateleira, tocadas apenas para a remoção da poeira.

Ficam os filmes, ficam os ensaios, ficam os palcos que um dia pisamos e ficam as luzes da ribalta a iluminar, num futuro próximo, outras pessoas que por lá irão passar...

... Passar apressadamente, porque o tempo não permite a inércia, e outros precisam passar só para o tempo renovar.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O final infeliz de um casal feliz

Dizer por onde começa um romance tenro e propenso à felicidade plena, qualquer um sabe mensurar, mesmo que não tenha vivido nada semelhante...

A facilidade sai de cena à medida em que as pessoas solteiras conhecem as pessoas que escolheram se casar.

Construir a felicidade é como analisar a vida fatídica das formigas: é tudo devagarzinho, de folha em folha; verdadeiras caminhantes debaixo do sol e das nossas solas sujas de descaso por elas...

O chistoso disso tudo é analisar que a infelicidade se constrói destruindo. Dessa vez entra em cena a analogia dos cupins, intrépidos sorrateiros, que vão comendo nossas relíquias de madeira, além da penteadeira herdada da sua bisavó... Assim, paulatinamente e na surdina, a gente só percebe o prejuízo depois do estrago... Como um atentado terrorista.

De formigas a cupins, de tesouro a estorvo... A vida pessoal do seu cônjuge (antes de casar) é como uma estrada suntuosa, repleto de lindas cerejeiras, azaléias e com um pleno céu azul contrastando com o horizonte...

Depois que se casam, a estrada se funde em uma única via, com a mesma bela paisagem, entretanto, com alguns buracos. É como se a vida de noivado fosse às lindas e carpetadas estradas da Itália e, depois do casamento, o percurso fosse à perigosa estrada “Rio-Santos”, com chuva e sem sinalização.

É... Quando a “empresa” entra em concordata, a vida do casal se transforma em um beco obscuro, escuso, e o que é pior: sem saída!

Os "defeitos de casado" sufocam as lindas juras de amor do noivado (tão brega quanto música sertaneja) e os “deslizes” da música do Fagner entram no karaokê do aborrecimento, o aborrecimento antes chamado de “minha vida” ou “razão do meu viver”.

Agora vamos descrever alguns pontos que transformaram vocês após terem pisado na Igreja:

- Estar com a razão não é sinônimo de felicidade. Se fosse assim, o consumidor (que supostamente sempre tem razão), não pegaria filas no PROCON. Estar certo não é passaporte pra Terra do Nunca, nem pro Fantástico Mundo de Bob.

- Já ouviram falar em “gente não pertence à gente”? Quem tem posse é Senador, Deputado, Vereador... Não transforme o seu cônjuge em gado, o chifrudo pode ser você!

- Casar é saudável e não precisa de digestivo, mas ás vezes é bom tomar um “Eparema” antes de uma discussão. Na saída da Igreja as pombas brancas dão as boas vindas. Quando o casamento vai pro brejo, o jeito é engolir os sapos das intempéries do seu parceiro. Tenha sempre em mãos o seu kit de primeiros socorros.

- Se o casamento é uma Obra de Deus, porque transformá-lo num inferno? Extrapolou no quebra pau? Faça o “check in” em algum hotel, e um “check up” na consciência na hora de deitar... Volte mais tarde para o seu lar!

Viram só como é simples? Existe solução pra todo tipo de confusão!

Agora, se no seu casamento a sua academia está tomando mais o seu tempo do que a companhia da sua amada (o), você prefere fazer hora extra no trabalho pra jogar “mafia wars” no Facebbok ou montar sua “colheita feliz” no Orkut e ela prefere fazer serão na manicure, hmmmmm, não sei não...

... “É melhor um de vocês adotar o sistema francês: “Uni dune tê”, eu os declaro separados pra valer”