Crônicas

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Baseado em fatos irreais



Com suas ficções nada científicas, a normalidade não exala cheiro nem sabor; monta uma lista de afazeres e no dia seguinte ignora a agenda. Brinca de gangorra de dia e a noite sai de scarpin ou de camisa xadrez... É uma displicência natural.


Baseada em fatos irreais, a normalidade é toda trabalhada no alto astral e se posiciona a favor das intenções. Quem disse que ela veio para se explicar? Ela veio pra te confundir!

Partindo da premissa ideológica de que todos procuram e querem ser encontrados, a normalidade é relativamente cognitiva diante dessa brincadeira oitentista chamada de “pega pega”... Anormal seria brincar de “esconde esconde” quando estamos com a intenção de reparticionar a nossa solidão.

Recreações à parte, nenhuma normalidade é unânime, mas toda frivolidade é desuniforme.

Discutir por banalidades é uma frivolidade. O desentendimento deve vir por conseqüência de algo grandioso, ou seja, por uma normalidade. Comprar brigas sem parcelamento é tão prejudicial quanto competir em um desentendimento. Não existe fair play quando existe concorrência.

A eloqüência afugenta as palavras ríspidas e coloca o desentendimento em plena normalidade. Anormal é ignorar a força motriz que um adjetivo ou um sinônimo representa em uma relação, por isso a arte de ouvir é algo tão venerado e tão invejado pelos seres imperfeitos.

A anormalidade é evocativa. Reprodutora da imaginação fértil e de pensamentos escusos que te pesam em pesadelos representativos.

Normalidade é entender que todos nós temos a nossa exuberância interna em revezo com as nossas deficiências, estruturadas em dados de realidade: sem julgamentos e sem suposições.

Normalidade é abrir mão do convencimento e – em troca – identificar os desconfortos através do esclarecimento.

Normalidade é terapêutica: É ouvir com atenção; assimilar com introspecção e debater sem competição em busca de uma denominação compatível com o rumo que se quer tomar.

Só não existe normalidade para aqueles que acham que a sua normalidade deve ser igual a normalidade do outro.

Um brinde as nossas deficiências incorrigíveis, sem elas não haveria saudade, intimidade, autocrítica, nem mesmo a lascívia presente entre quatros paredes.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Reconhecendo sombras



Passamos uma significativa parte da nossa vida conhecendo e tentando entender as pessoas e sabotamos inconscientemente o nosso direito de nos conhecer melhor...



Passamos outra parte buscando soluções pelo mundo para nossos conflitos quando na verdade existe dentro de nós um mundo de soluções...


Ser dono de si é fácil, complicado é ser o inquilino e conhecer em harmonia este grandioso “território”...


Entre minhas confissões hipotéticas e minhas indagações estancadas, eu fico com a sabedoria abaixo:


"Sou a única pessoa no mundo que eu realmente queria conhecer bem" - O. Wilde

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Relativa intersecção



Segure uma panela fervendo por 20 segundos e veja a eternidade que este tempo dura... Agora passe 4 horas com a pessoa que você gosta e veja o quão rápido voa este período...




Moral da história: As nossas ciências particulares estão para a química assim como a física está para os nossos anseios e desejos.



A teoria da relatividade é sensacional!

domingo, 7 de outubro de 2012

Te interessa? A mim não, obrigado!



O que interessa para a mente humana saber que horas a Ivete Sangalo acordou para votar? Ou mais: Aonde a Angélica votou e se ela estava de havaianas ou bata?

Por que interessa tanto para o senso comum saber em quem a Dilma votou? Me diga: Isso mudará o seu micro universo? Porque o macro universo já apodreceu faz tempo.

Por que interessa saber o que a Soninha comeu de café da manhã? Ou onde os “propensos famosos” estão votando? Para mim nada, já para os portais da internet...

O que interessa – para você – se ainda preserva um propósito para a sua vida – se haverá segundo turno ou não? Seus hábitos serão os mesmos – inclusive – o de postar nas redes sociais frases fabricadas sobre políticos, eleição e Brasil. Oras, por que ainda vota neles?

Na boa? Não me importo com o que sobra da vida das outras pessoas, mas enquanto nos preocuparmos com Soninhas, Carminhas, Big Brothers e Fazendas, os Lewandowskis estão aí, absolvendo e tocando a baderna.

Lembre-se que eles existem graças a sua curiosidade em se importar mais com o time que vai cair no Brasileirão ou as cenas da novela da globo do que no rumo que o seu país anda tomando.

Eis um dogma que não deveria sair de moda nunca: Somos herdeiros de nós mesmos!

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Felicidades ao mestre



"Vivemos pelo que acreditamos. Nosso limite está nisso. Portanto, se cremos no que é ilimitado, sem limites viveremos."




"Quando existe o sentimento de fraternidade, de solidariedade, de altruísmo nos corações dos homens, estes abrem mão dos interesses pessoais a favor da justiça e do bem-estar comum."



"A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros."



"Todo efeito tem uma causa. Todo efeito inteligente tem uma causa inteligente. O poder da causa inteligente está na razão da grandeza do efeito."




Felicidades ao mestre!

Allan Kardec (Lyon, 03 de outubro de 1804 - Paris, 31 de março de 1869)

O simples é incrível!



"As pessoas que são incríveis em nossas vidas, são incríveis porque nos ofertam valores incríveis, nas horas e nos momentos em que mais necessitamos... Elas se tornam simplesmente incríveis ofertando atitudes incrivelmente simples; isso faz toda uma diferença."