Crônicas

segunda-feira, 31 de março de 2014

Já que não...



Já que não me entendes, não me julgues, não me tenhas, não me resenhe.

Já que não me convences, não me compartilhe, não me colecione em teu círculo social de figurinhas virtuais.

Já que não me ouves, não me ligue, não me humanize, não deixe seu rastro mal vindo em meus espaços cibernéticos, porém calorosos.

Já que só me queres quando tu desejas, não me individualize, não me ponha em cativeiro, não tente me ludibriar...

Já que jogas sujo com quem tu andas, não me chantageie, não me sabote, pois sou cobra e dou o bote!         

Não me mencione em teus murais. Não saias por aí dizendo meu nome em vão. Não cante de macho dizendo que entrou em meu coração.

Não me coloque em um porta retrato!

Não há lei a não ser fazer a de fazer o que tu queres, e eu não vivo em uma repartição pública para seguir regras.

O doce nunca é tão doce sem o gosto amargo de certas amarguras.