Crônicas

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Exclusividade... Me abandonaste?


Amada exclusividade, me ensinaste a ser especial escondendo meu lado banal.
Amada exclusividade, me presenteaste com diferenciais que fogem do usual.
Amada exclusividade, me fizeste acreditar que é possível ser diferente sem perder a diferença...
Amada exclusividade, me ofereceste amor incondicional, mas as pessoas acham isso tão insosso e radical...

Mas porque, por que me abandonaste?

O que eu fiz para merecer tal penitência? Fui imprudente, negligente, faltei com o nosso trato de conivência?

Já sei! As topadas me fizeram descrente das minhas investidas. Perdi o encanto pelas pessoas e acredito que tenha perdido o meu encanto também... O medo das pessoas em investir no amor me fatiga! Quero um amor nutritivo e calórico!

Mas por que me abandonaste? Você ainda não me respondeu!

Talvez tenha sido presunçoso demais em querer um amor puro só pra mim e, no desespero de querer tê-lo, me desfiz do meu bem maior: O meu próprio amor!

Acreditar que nos dias tecnológicos e espaçados de hoje exista amor, é algo para uma inteligência superior estudar.

Será que os alienígenas também amam?

Sinto sua falta, amada exclusividade! Foi-se embora sem deixar “post it” na geladeira ou guardanapo escrito na penteadeira.

Sendo muito claro, eu cansei das pessoas de alma dupla e dos antagonismos da nossa sociedade como, por exemplo:

- Nos doutrinaram para sermos livres, mas se somos livres, por que não temos o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir?

- Se o tempo está claramente reparticionado em passado, presente e futuro, por que as pessoas (em sua vasta quantidade) julgam o passado como o “melhor do que foi”, o presente como o “pior do que é” e o futuro como o “melhor do que será”?

- É possível traçar alguma peculiaridade entre a ingenuidade e a maturidade? Quando crianças (ingênuos) queremos ser maduros, na idade adulta adquirimos maturidade e com ela a frustração em descobrir que os bons corações falecem sem honras ao mérito, sem estátuas erguidas em prol dessa luta incansável contra o desprezo e o descaso humano.

- Por que os rostos inóspitos forjando um sentimento possuem mais esplendor e marketing do que uma alma transparente e de peito aberto sem medo dos tropeços e da vulnerabilidade?

O ser humano é uma experiência que não deu certo! Descreveria tantos mais motivos que me levariam até uma “Super Nova” só com minhas frases.

Entretanto, minha amada exclusividade, não te inundareis de impropérios e das falhas adjacentes da nossa humanidade, nossos erros e idiotices são tão vastos quanto o Universo multiplicado duplicadamente. Eu simplesmente cansei!

Se não foi pela falta do não precisar dizer, se não foi pelo excesso do fazer bem e pelos tópicos citados acima... Então me digas: por que me abandonaste?

Hmmmm, entendi a brincadeira, captei a charada...

A tonificação da nossa curiosidade nos impulsiona a ir mais adiante, por isso a humanidade precisa muito mais de perguntas do que de respostas.

Ficarei no vão dessa incógnita. Melhor ler um livro e espairecer!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Amores, dissabores, rancores

Sim, quer dizer não! Não vou iniciar esse texto dizendo não... O “não” é uma palavra que me remete a rejeição, a repulsa, a recusa, ao afastamento... Muito embora eu esteja sentindo tudo isso dentro de um liquidificador. Tudo junto e misturado, tudo palpitando aqui dentro.

Sim, quer dizer, não! Não vou viver como alguém que tá na fila a espera de um amor avassalador. Fila é um alinhamento sequencial das coisas ou algum tipo de organização alinhada de pessoas. Não vim pra esse mundo pra compor essa fila de peças de dominós, onde se um se estrepar, se estrepa todo mundo junto!

É preciso desaprender na vida e aprender com as pessoas que são verdadeiras ondas do mar, fazendo de cada recuo um recomeço para um novo avanço! Cada pessoa é um começo, nem pense em mudar essa ordem!

Talvez o destino quisesse assim (vai saber), para mim, o destino é um mero conceito popular, mas sua força é estrondosa, inegavelmente estrondosa: O destino risca e ninguém rabisca. Será que já tava escrito que seria assim?

É preciso conviver com nossas irrealizações!

Triste enxergar que no presente (eu e você) não teremos sequer um resquício de futuro, a mínima possibilidade de estarmos (inclusive) no mesmo ambiente. Procurei um fundamento para compreender esse seu afobamento e essa inundação de rusgas e arranhões dados na alma, refletida em cada espelho do nosso olhar, mas notei que a vida não possui fundamento... Razão? Talvez!

A estrada com você é um carrinho descarrilado e sem freio em meio a uma montanha russa. Até gosto de sentir o arrepio que o medo pelo desconhecido proporciona, mas você se tornou um desconhecido conhecido, já não sei mais sobre os tópicos dos teus dias utópicos. Você ainda preserva suas manias que tanto me tiravam do sério?

Eu (ainda) mantenho as minhas manias. Sempre que tua presença imaterial invade um pensamento meu eu simplesmente choro desinibidamente, mas choro baixinho, para a minha integridade e o meu orgulho não acordarem e me puxarem pro meu mundo real. Um mundo ideal? Talvez!

Eu me permito! Eu me permito ignorar toda essa trajetória que tivemos juntos e não revirar mais o passado que passou desapressado, eu só preservo num jardim imaginário, doces recordações de mãos dadas com um bouquet vermelho... E só!

To num estado de entropia. Sabe?

Um amor igual entre a gente era diferente de tudo que qualquer outra gente já viu! A gente nunca sabe o equilíbrio exato para se doar não é mesmo? Ás vezes esse ponto exato é confusamente inexato.

Até quanto tempo alimentamos uma boca e vemos a nossa morrer de fome?

Hoje encontro novas respostas para as perguntas antigas: Por que o amor precisa se eternizar debaixo dos tapetes vermelhos da fama? Longe das luzes da ribalta e dos holofotes das celebridades?

Hoje eu sei resolver essa questão!

O exibicionismo do amor aguça as forças ocultas dos que invejam a competência de amar. Por isso é bom amar silenciosamente diante da sociedade e gritar escandalosamente entre quatro paredes.

Ame no anonimato e na duplicidade simultânea de um olhar. Provoque encantamentos gratuitos e constantes (seja inconstante). Entorpeça, seduza e enlouqueça!!!

Mesmo eu sendo tantos homens em um só, sei que o fim nunca é bom, porque se fosse bom, não seria o fim, mas sim o começo!

(Suspiros)

Mulheres: Seres (im)previsíveis e fascinantes. Enquanto isso, nós (homens), tateamos no escuro em busca dessa tradução!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Ação de despejo contra meu coração


Preciso comprar novas calças. Depois que você saiu por aquela bendita porta, parece que três de mim podem passar pela mesma porta...

Preciso largar antigos hábitos, como o de acordar cedo e preparar o seu café da manhã preferido, com bolacha de água e sal, geléia de amora e molico com café...

Preciso arrumar o calendário da cozinha para o dia 20 de agosto, porque desde que você ultrapassou aquela bendita porta, já não me interessa mais festejar aniversários...

Preciso estender o colchão no sol quente pra ver se ele me ajuda a tirar o seu aroma da minha vida, ou, pelo menos, das minhas noites construídas a prestação...

Preciso jogar todas as cartas que te escrevi na lixeira, afinal de contas, pra que tê-las se as decorei por completo?

Preciso limpar o canto da pia do banheiro e tirar todos os teus cosméticos de lá. Toda vez que entro nesse cômodo da casa, sinto sua alma aromática esbarrar em mim... E, em um suspiro declamado, proclamo pelos memoráveis bons momentos que tive com você.

Enfim, preciso arrancar a tua presença imaterial do meu senso olfativo, auditivo, sensitivo e sensorial. Puta merda, pra onde me vou assombro com você a me assustar em algum gesto invisível, ou algum rastro teu que ainda permaneceu por aqui...

Sou tão fixa em minhas manias!

E como se fosse um virulento sentimento de desprezo, me deparo com dezenas de perguntas:

Vendo o armarinho? Vendo o closet? Vendo a cama? Vendo as roupas dele? Vendo minha alma?

Nada disso! Cansei de chorar as pitangas!

Pensei, pensei e pensei e como todo ser pensante que pensa demais, sim, eu cheguei a um veredicto...

Vendi minha alma sim! Na verdade barganhei-a, uma vez que ela não terá utilidade para mim depois que pegar meu trem. Acredito em um Deus, mas não acredito na penitência dos meus pecados.

E nesse escambo, ganharei os sonhos de uma ex solteira e que agora voltou a ser uma atual solteira. A palavra de ordem é colocar na prática tudo que estava na prateleira do descaso. Vou puxar o fio da tomada e me desligar dessa vida desgastante e conflituosa vivida no período da escravidão.

Sai fora vida a dois, deixo isso pra bem depois!

Acho que fiz uma troca justa: troquei as críticas de um homem pela admiração de vários outros homens, ávidos por um sistema desinteressado de sexo irrefreável com bebidas e sem culpa... Disso eu ainda não tenho certeza, mas nós mulheres escolhemos sempre o que queremos não é? Meu coração será barrado nessas festas: a razão é VIP e a emoção é TRIP!

É tão empírico quanto à 3ª Lei de Newton (ação e reação): quem dá amor e não recebe, junta as amigas e bebe!

Sai fora vida a dois, deixo isso pra bem depois!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ela está no meio de nós!


A beleza do Arco íris, a complexidade da fotossíntese, a maravilha cíclica de uma aurora, as ventanias gélidas de um dia de inverno, o silêncio escuro e sombrio da escuridão de um quarto qualquer... Veja as inúmeras possibilidades que desenvolvemos quando a solidão nos estica a mão.

Solidão: Nossa perpétua (e humana) condição!

Existe uma outra existência que dá significado a própria existência da solidão: A nossa existência!

Como assim? Calma, eu chego lá!

Nascemos sós e ao longo do nosso crescimento desenvolvemos um conceito errôneo sobre a solidão, como se ela fosse algo somente para os fracassados, losers, nerds, desproporcionados e amargurados...

Caia na real, você está sozinho!

Fingindo que a solidão não existe, você sai à procura de diversão e de companhia. O celular é o fio condutor que aglutina os pretendentes através dos encontros; o espelho da tua casa é o teu exclusivo consultor de moda; tua disposição é a mola propulsora do entretenimento e o teu sorriso malicioso e cheio de rima é o afluente aflorado das segundas intenções.

Lá pelas tantas, você fita o olhar ao seu redor e pensa consigo mesmo: “Consegui assombrar a solidão, juntei um monte de outros em meio a tantos outros e estamos aqui, rompendo a barreira do silêncio!”

Besteira!

Quantas vezes você já se aglutinou, se abarrotou e se aglomerou com tantos outros, entretanto, um único “outro” povoava a sua mente? Quantas vezes você, entorpecido por sorrisos inéditos e olhares efusivos tentou de todas as formas tirar aquela “outra” pessoa da tua cabeça e ela insistia impavidamente em permanecer diante da sua imaginação?

Truque? Feitiço? Praga? Nada disso, saudade do que ainda não foi!

Vou melhorar a situação pra você:

Pense nas últimas 3 vezes em que você botou o pé pra fora da tua casa em busca de entretenimento. Em breves minutos você nunca se pegou totalmente solitário em meio a balburdia do ambiente que você estava?

Os outros são importantes em nossas vidas para dividirmos, compartilharmos, rirmos, convivermos, beijarmos e passarmos o tempo, mas os outros não dão significado a outras existências. Os outros são outros que também buscam a aceitação de outros sem entender que á da própria aceitação que os outros precisam!

Fugir da solidão é como fugir da tristeza, ela sempre te alcança... Ela pressente tua angústia em ficar só, ela fareja o cheiro do teu medo, exalado por todos teus poros.

Não minimizamos a sensação de solidão por estarmos dividindo a nossa solidão com alguém, isso é ilusão! A solução da solidão não é banir a solidão, é justamente saboreá-la como uma tenra panela de brigadeiro, assim, suavemente, pensando em cada colherada cheia que você vai dar, até acabar com a panela por completo ou até encontrar a sua satisfação.

Declare seu amor para a solidão!

Ela não irá lhe presentear por isso, muito menos realizar o seu desejo de fazer o celular tocar ou uma mensagem de texto vibrar, mas ela pode lhe oferecer valores que só podemos descobrir se esticarmos a mão para ela e compreendermos que ela existe desde o seu nascimento até o seu último dia aqui na terra...

Solidão, ela está no meio de nós!

Declare seu amor para a solidão, mas lembre-se de uma única condição: Jamais tire a solidão de alguém se você não fizer sua presença valer à pena àquela solidão!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Gente também expira!


Assim como os iogurtes, tudo tem prazo de validade: as mesmas piadinhas do porteiro sobre time de futebol; as mesmas fofoquinhas frívolas dos salões de beleza; aquele celular que você não troca há 2 anos e tem vergonha até de atendê-lo em público... A mesma bolsa freqüentando a mesma balada, o mesmo papinho corporativista e sensacionalista dos “Happy Hours” da tua empresa... Enfim.

Tudo expira!

A patente do Viagra expira, o download de música expira, a bendita chave serial daquele programa que baixa filmes expira, o Norton que você baixou de graça no baixaki expira, até o Windows XP expira em 2014... Muita coisa que não se paga expira, e tudo, praticamente tudo que é de graça também expira... Uma coisa até óbvia uma vez que ninguém trabalha de graça.

Sabe o que mais expira? Seres humanos!

Não é produto perecível, mas tem prazo de validade!

O mundo está super populacionado! Não tem espaço para tantos talentos (muito menos para tantos imbecis) e com isso nos defrontamos combativamente com seres da mesma espécie. Ao invés de somarmos, nos separamos.

E nesse Discovery Channel de Babel, respiramos a guerra fria do capitalismo e da construção civil.

Peralá!!! É possível caber na mesma frase “guerra fria” e “construção civil”?

O ser humano não é mais homogêneo! A concorrência é colossal e desproporcional ao sistema “oferta e procura”. Um deslize qualquer dado por você e pode custar todo um esforço, todo um trabalho, toda uma dedicação, todo um planejamento...

O “brain storm” da vez é pensar no que o outro está pensando e com isso (de alguma forma) sair na frente... Uma guerra fria inserida nas partículas de O2 da nossa atmosfera: inodora, insípida, porém intencional e reativa!

Os conceitos do mundo moderno também são outros, bem como sua estruturação ortográfica e alguns significados... Esqueça tudo que você leu sobre construção civil nos livros de engenharia.

Hoje, a construção civil é o novo charme do mundo! O homem mal desenvolveu seus pêlos pubianos e já pensa no carro do ano. A mulher, por sua vez, nem iniciou seu período fértil e já passa o recreio da escola pendurada em seu I Phone, já quer andar de salto alto, botar maquiagem e namorar o “boyzinho” da escola.

O ser humano é “commodity” dentro de uma cadeia gigantesca de suprimentos! Nossa forma de se relacionar com outras pessoas (diluídas por mim num conceito à queima roupa e sem diplomacia) é como se fôssemos produtos, sentadinhos na gôndola de um supermercado esperando sermos levados pra casa!

Expirar dentro da vida de uma pessoa é tão fácil quanto adquirir um vírus gripal no inverno, bastou um espirro e você já não faz mais parte daquele “metier”, com a justificativa metódica e deselegante de que “a fila andou”.

Bau bau cultura intelectual!

Salvo exceções, somos doutrinados a reverenciar bundas, peitos siliconados e tórax avantajado, do contrário, se tivéssemos uma gota de suor de intelectualidade em nossos poros, não votaríamos tão inconsequentemente em nossos futuros líderes.

Construir uma cidade nobre como fez Juscelino, ou levantar um império vermelho separatista? O bom gosto e a boa escolha contemplam a excelência, nunca a irregularidade!

O que adianta fazer pilling, bronzeamento a jato, lipo, ter aulas de spinning, jump, combat, step, ser graduada em pole dancing e não saber a tabuada inicial de multiplicação?

Em sua esmagadora maioria, no gráfico social, somos balizados pelo peso, estatura, cor dos olhos, cartões de créditos, bairro onde moramos e o que temos a oferecer!

Já no gráfico profissional, somos balizados pelo engajamento, puxação de saco, resultados, proatividade, afetividade, desempenho e um monte de subterfúgios inúteis que só servem para constar no protocolo da empresa. Entretanto, se você não se vestir adequadamente e tiver algum despojo estético, esquece! Continue na fila do desemprego.

Em bom português, procure ser uma pessoa atualizada, antenada, inovadora e observadora, mas, em hipótese alguma, aceite ser taxada de “fora da validade”.

Nós temos DNA e não código de barras!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A comédia da vida eleitoral


O calendário Maia prevê a destruição da humanidade em 2012, mas acredito que as bestas do apocalipse vieram mapear o Brasil em 2010 pra ver se o país tupiniquim está preparado para ser o primeiro a arder no inferno.

E está!

Ano eleitoral nos faz acreditar sempre no pessimismo, em seu criador e em seu adágio popular: A lei de Murphy e o próprio Murphy! Sim, porque no Brasil a Lei de Murphy é tão eficaz quanto os papais calhordas que não pagam pensão... As únicas leis que aqui pegam e pegam pesado!

Ano eleitoral e mais uma vez nossa televisão é invadida por um balaio de candidatos ávidos à subida da rampa em Brasília. O que eles vão fazer lá? Ninguém sabe! Só sei que rumamos mais rápido que o trem bala rumo ao declínio da nossa sociedade!

A qualidade da propaganda eleitoral melhora drasticamente à medida que a nossa intelectualidade pede férias por tanto desgosto. Aí entra em cena o nosso humor negro, afinal de contas, é possível acreditar na seriedade desse país? A propaganda eleitoral atingiu níveis de extremo sarcasmo e daria um “chocolate” em qualquer programa de humor nacional.

A propaganda eleitoral sempre foi uma palhaçada, mas fico espantado por saber que muitos votarão nesses ufanistas e narcisistas metidos a famosos que mal sabem a distinção de um senador para um debutado.

A política do tico tico no fubá...

Compondo a bancada flúor temos nosso polêmico Ronaldo Ésper que promete “agulhar” Brasília...

Ao lado do nosso amigo emplumado temos o cristão e ex jogador Marcelinho Carioca, a “candidata quitanda” mulher pera, o esquentatinho Maguila, o “cheio de graça” Tiririca, o “aspirante” a cantor Kiko do KLB, o “highlander” Raul Gil, a “crente comportadinha” Mara Maravilha e a “psicopata” Luciana Costa (indicação do horripilante Enéas) e por fim, o “pagodeiro pugilista” Netinho.

Leia... ... ... Mentalize cada um deles e repare:

Não daria pra fazer uma versão repaginada do desenho “A Corrida Maluca” ou “A Caverna do Dragão”? Quem sabe até mesmo “A Liga da “In”justiça”? Poderíamos pensar com um pouco mais de soberba também: imagine o que Stephen King e Wes Craven não fariam com eles em um filme de terror?

Uns cantam, outros dançam, outros riem da própria graça... Alguns rimam pra causar impacto e todos mentem, de fato, em prol da nossa desgraça!

A política do senso comum, do cidadão ingênuo e do mentecapto eleitorado.

O povo vota errado! Fato ou ficção? Fato! Ficção é o inimaginável dando vazão ao imaginável, nesse caso, os candidatos que vêem surgindo de anos pra cá são verdadeiros elementos fictícios invadindo a vida real!

Clodovil? Frank Aguiar? Gretchen? Soninha? Achamos que seria o limite, mas esquecemos que para a política o limite é um vago conceito popular. É a “casa da mãe Joana”, sempre cabe mais um!

“Tudo podemos naqueles que votam em nós!”

Se vocês têm calafrio dos candidatos, imaginem após a posse? Já imaginaram como será a plataforma de governo da Mulher Pera? As emendas do Kiko sem as astúcias do Chapolin? E as reformas do Maguila?

O que o Netinho tem em mente? Coibir a Lei Maria da Penha?

... E o que significa a “política abençoada” da Mara Maravilha? Entraremos em uma moderna Arca de Noé, com bartenders musculosos, open bar a noite inteira, dançarinas de pole dancing seminuas e orgias a granel?

Após esse texto, estou começando a acreditar que o mundo não passa de 2012! Quem sabe ainda hoje abro um crediário em 80 vezes e troco tudo que tem aqui em casa...

Pior que tá fica sim!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Desalinho do avesso


Caminho a passos largos, em desalinho. Ultrapasso alguns outros passos e tento alcançar os mais afoitos, em vão.

No vigor físico das minhas pernas, tento improvisar os passos velozes das grandes avenidas, mas esqueço que a obra prima do tempo não permite apressar o meu tempo.

Como dizem os sábios antepassados: cada coisa há seu tempo, cada momento tem seu consentimento!

São algumas (tantas e poucas) páginas caminhantes; livro inacabado esperando um retoque final, livro inacabado construindo um desfecho triunfal.

Nessa construção literária, e não tão menos ordinária, me esbarro com outros passos e suas passadas descompassadas. Dou bom dia, dou boa noite; ofereço um diálogo e presto um afago.

O que tem feito? Tem sobrevivido ou tem vivido? Ao menos tem curtido?

Pessoas e a vontade humana: superlativo ou hipérbole? Ás vezes pura alienação, sem atrevimento e sem desbravamento. Muitos lutam pra sobreviver, poucos sobrevivem lutando... Viver é a arte da pavimentação, a maioria das pessoas desnutre uma paixão.

Não sou ninguém pra julgar outrem!

Depois que paramos de engatinhar pensamos: pra onde iremos caminhar? Depois que crescemos perguntamos: pra que lado iremos caminhar?

Assistindo de camarote, o universo monitora os nossos passos influenciados por nossas metas e desejos... Nossa estadia nessa terra é efêmera, cravada por um marca passo de ações, culpas e desejos.

Que tal um passo ao lado do teu? Que tal a impressão no chão de mais duas pegadas além das suas?

Nas minhas passadas solitárias, tropecei por querer em algo que sempre procurei ver:

Encontrei você, ó querida vocação, mas mesmo assim continuarei o meu caminho na aventureira contramão. Esse caminho é cheio de palpites, de opções e de devaneios, mas levo um consolo diante desse anseio: sigo um caminho desconhecido, torpe, “impermanente” e fértil...

Que seja qualquer coisa, mas é meu!

E se me queres pra chamar de seu, siga esse mesmo caminho e diga que ele também é seu!

Duas passadas caminham até demais, mas quatro pernas caminham muito mais!