Crônicas

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Euforia mal planejada


Casamento e noivado, quais os preparativos mais importantes?

Essa é a frase promissória para se avaliar um casamento. A lista de deveres se restringe em arrumar uma assessora, um espaço para a festa, o cuidado com a gastronomia, a seleção dos convidados, fotógrafo, banda, DJ, blá blá blá.....

Nos meses em que antecede o casamento, tudo é devidamente ajustado, planejado e calculado. Mas a maioria dos noivos esquece o convidado principal dessa promissora união: O “test drive”!

Você compra o primeiro carro que lhe vem à mente? Você toma qualquer cerveja só por conta do comercial cheio de deusas seminuas? Você programa o destino de uma viagem dependendo da opinião dos teus amigos? Você vai ao cinema ver um filme só porque teu ator favorito está inserido no elenco?

Se você respondeu á todas essas perguntas positivamente sem pestanejar, sorria, você é um idiota!

Tudo na vida precisa ser passado á limpo, é necessário provar e constatar tudo antes do seu envolvimento. Reduzir riscos e custos não é tarefa só para economistas, o test drive é fundamental nos dias de hoje!

Conhecer o terreno, saber onde vai pisar. Ou você compra um imóvel só porque achou o bairro seguro e bonitinho? Casamento e outras acepções ao longo da sua vida precisam ser “degustadas”, ou você prefere correr o risco de perder o seu tempo?

Casar é ser parceiro de alguém, é participar de tudo, é ser quase um brother! É debater quando existem riscos, é dialogar tudo que se pensa. Enfim, é personificação de um e materialização do outro.

Mas nos casamentos atuais (salvo raríssimos exemplos). Ninguém tem mais saco pra aparar aresta de ninguém, ainda mais com essa tecnologia tão avançada de hoje.

Um plus a mais entre a linha tênue de uma união civilizada e o início de um quebra pau: MSN, Orkut, facebook, personal trainer, amiga do MBA... (a secretária perdeu sua imagem de traidora infame). Elementos impregnados na vida de qualquer pessoa.

Casamento sob medida não rola mais, qualquer briguinha banal resulta em sua destituição. Nesse mundo apressado, até a conjugação do verbo casar também foi destituída e em seu lugar entraram os verbos ficar, juntar, dividir... Dividir o mesmo teto até que haja ideais mútuos. Caso contrário, tchau!

E aí a instituição nascida com propósitos íntegros pela igreja católica se transforma em uma solidão á dois, envolto por um elemento chamado acomodação. Uma rotina corrosiva disposta a não deixar mais o apartamento que vocês ainda estão pagando.

Como se fosse uma peça teatral de puro humor negro, as qualidades saem do palco para entrada, quase que triunfal, da implicância e das críticas.

É impressionante como o medo modifica as pessoas. O medo de envelhecer só acelera o processo de se juntar a alguém. Alguém que numa projeção superficial e passional, você escolheu para unificar sua vida. Mas na correria não pensou no test drive.

Outro dado curioso e cômico: As afinidades aproximam e o tempo distancia! Tempo e afinidades não deveriam ser um casal? Por que esse antagonismo? Acho que eles também não fizeram o bendito test drive.

Os casamentos atuais são sempre precedidos de mágica. Com o desgaste refutável da rotina, o galã de cinema, tão elogiado pela esposa, se transforma num crítico de auditório falido. De “homem bebê” a “homem ogro”.

A esposa, por sua vez, vai de musa á megera em um passe de mágica. O próprio cenário muda junto: De “recanto da felicidade” para um laboratório de râmsters prestes a uma mutação experimental. Ou seja, de “mulher framboesa” para “mulher jaca”.

É realmente interessante avaliar o equilíbrio dessa balança, ou dessa bagunça. Uma contradição atrás da outra: Se casar é tão bom e necessário para o crescimento humano. Por que ainda precisa de testemunha?

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Fast food, not good


Pensar em fast-food é pensar somente na relação custo benefício. Que relação é essa?

Imaginar que você está tirando vantagem em economizar uns míseros minutos a mais no almoço por conta desse tipo de serviço, é pra quem acorda e enxerga no espelho uma pessoa pintada de branco e com nariz vermelho todos os dias.

Onde está a relação custo benefício para o seu estômago ou para a sua pança que não pára de crescer? E se fosse só pela pança ainda vai... Aquela coisinha palpitante que você tem dentro do peito não é chegada a esse tal de “serviço criado pelo homem moderno”.

Tudo que é rápido não é aproveitado devidamente. Qual é a diversão em saltar de pára quedas? Você paga por esse entretenimento e ainda pode se dar mal. O para quedas é o único meio de transporte que se falhar você chega mais rápido ao seu destino.

Voltando á comida nas coxas, modernamente chamada de fast-food, (o título ajuda o povo a se esbaldar), é bonito americanizar tudo não é mesmo? A gente só erra a pronúncia quando o nome é tupiniquim. Errar quando o nome vem de fora, isso nunca!

E se tudo que é consumido rapidamente tende a ser neutro (nem bom e nem ruim), imagine para quem está atrás do balcão? Diariamente vejo denúncias e flagras na mídia sobre locais famosos de fast-food onde a noite rola uma “festinha privê” de baratas e ratos.
Vale a pena os minutos adquiridos só pra dar uma volta a mais no quarteirão pra ver a mulherada na Av Paulista ou para namorar alguma vitrine de sapatos?

Veja só como o “marqueting” arranja e promove as coisas: “Fast-food” é chique, “tupperware” ou marmitex é brega. Ninguém leva marmita no trabalho (quase ninguém) e quem leva não é porque se preocupa com o estômago, e sim com o bolso. Se um dia houver uma inversão de valores desses títulos citados, aí sim não haverá tantas visitas ao cardiologista. Modismo é prioridade, saúde é opção!

Veja os 5 mandamentos dos restaurantes fast-food que “pensam” em você:

01. “Servir bem até que o servir bem possa servir mais” – Ou seja, se há pouca fila, os atendentes comentam até sobre o tempo, do contrário, nem olá você ouve.

02. “O cliente sempre tem razão” – A razão é obsoleta quando você tem a própria razão. Nada acontece quando você é mal atendido! Você vai pagar a conta do mesmo jeito e não vai ter bônus por isso, só um pedido de desculpas. Atendente acha que pedir desculpa resolve tudo. É como contar para a mulher que você a traiu esperando que ela o perdoe pela sinceridade.

03. “Atender é uma arte” – Uma arte cansativa, desastrosa e egoísta. Você já viu restaurante lotado atender bem? Piriga de você sair com a camisa suja de molho, derramado por conta de um garçom despreparado e estabanado.

04. “Respeitamos o cliente” – Um conceito bem subjetivo e muito bem intencionado. Conhece algum ladrão que anuncia o assalto antes de entrar no banco?

05. “Qualidade acima de tudo” – Uma frase de mão dupla. Acima do quê ou de quem? Os horários de pico são perfeitos para treinar um funcionário (isso é o que os gerentes pensam). A fila aumenta com a letargia do coitado do principiante, que não sabe se dá o troco, fecha a gaveta ou anota o pedido. Você é recolocado pra lateral da fila, enquanto aguarda fervorosamente sua “mole-food”.

Depois disso tudo, chega a ser cômico o significado de fast-food: “É o nome genérico dado ao consumo de refeições que podem ser preparadas e servidas em um intervalo pequeno de tempo”

Aproveite a reflexão do tema e faça as contas: 40 minutos de almoço no mínimo em um fast-food (mesmo com todos esses agravantes acima). Mais 15 a 20 minutos no banheiro da empresa. Ou você acha que comida dessa qualidade pára no estômago?

Vale mesmo á pena economizar tempo?

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

"Homem galinha" e "Mulher maçã verde"


Homem galinha tem solução? Tem sim! A solução mais viável é convidá-lo para um jantar à dois (em sua própria cobertura). Abra uma Dom Perignon para ilustrar o momento e convide-o docilmente a conhecer a vista da sacada da sua cobertura. Quando ele estiver bem próximo da sacada, dê um chute no traseiro dele e mande-o lá para baixo. Pronto: Fim de um galinha!

Não existe redenção para um homem que optou pela variedade premeditada, vulgo promiscuidade. Já viu ex político? ex terrorista ou ex traficante? Então jamais verás um ex galinha. É mais fácil ver um Elfo em uma "Rave" do que um galinha regenerado.

O “homem galinha” não consegue seguir as regras da sociedade. Seu único conselheiro é o instinto, fora isso, nem mesmo os amigos casados são capazes de persuadi-lo a tomar outro rumo em sua vida.

O “homem galinha” está fadado a viver de recordações, mas ele não sente vergonha disso!

Boêmio, o “homem galinha” possui um poder magnético sobre as mulheres, poderes inexplicáveis para a física: É o charme desinteressado, é o fazer querendo não querer, é a cara de “cafa” e o jeito de criança. Todos esses ingredientes formulam uma composição letal para o seu alvo.

Esses mulherengos são ases indomáveis em criar expectativas: Bajulam moderadamente, mesclam a presença com a ausência como ninguém, são sorrateiros como uma raposa, e divagam feito um filósofo. Feche os ouvidos quando a palavra for dele, senão...

O “homem galinha” é um inveterado de guerra. Conhece todas as táticas pra se conquistar uma batalha, conhece exatamente o local de todas as trincheiras da “adversária” e sabe muito bem quem são os inimigos (vulgo amigas invejosas e amiguinhos enciumados).

É dotado de um senso perceptivo fora do comum (pior que morcego). Ele consegue captar uma poeira dentro de uma nevasca. Nesse caso, ele consegue captar a “presa” dentro de uma pista de dança intransitável. Isso porque ele é altamente confiante e sabe que o primeiro beijo dá-se com os olhos!

Bem distante da imaginação feminina, o “homem galinha” não tem medo do envolvimento. A questão vai além desse clichê barato e usual. A variedade é o tempero de sua libido, pois o “homem galinha” possui um descontentamento insaciável em busca da rotatividade. O negócio dele é o “sassarico”!

Esse assunto me lembra o Animal Planet: Vivemos em uma sociedade ambiguamente animal. Os “homens galinha” se satisfazem com as “mulheres perua”, entretanto, na hora de pensar em namoro, os “homens galinha” se transformam em verdadeiros antílopes (animais herbívoros) em busca das saborosas “mulheres maçã verde”. Eu explico:

A saborosa maçã verde permanece habitualmente no topo da árvore, elas encabeçam o topo da cadeia, é o último tijolinho da pirâmide. Conseqüentemente não é fácil alcançar essa cobiçada fruta. Esse desafio a transforma em uma fruta diferenciada das demais que estão nos galhos abaixo e de fácil acesso.

O “homem galinha” não leva a sério o “fácil acesso”, ele conquista por pura aventura e para massagear seu ego, que vive em constante aceitação.

A “mulher maçã verde” aguarda pacientemente à espera do homem certo sem se precipitar. Melhor ter um cara atrevido e ousado do que um homem apressado e mal intencionado. Certa ou não desse raciocínio, a conclusão só virá com o tempo, e tempo nessas ocasiões é como uma extensa feira aos domingos: De tanto escolher, um dia você estará dividindo a quitanda com outras frutas ao redor, podres ou não!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

A gente não nasceu pra votar

A política e a memória do brasileiro possuem conjecturas distintas. Nada é tão soberbo na política quanto uma memória abreviada. Essa avalanche de informações corriqueiras transformou nosso HD morfológico em um processador “lentium” de última geração.

Também pudera, as traquinagens no senado são tão corriqueiras que até mesmo as denúncias vão parar no obscuro armário da impunidade (gaveta não cabe mais!). O senado poderia difundir uma espécie de Oscar com as derrapadas mais vexatórias do congresso. Imagine um TOP 5 com: Mensalão, Palocci, Dilma, Sarney e Mercadante? Páreo duro hein? Pior que as corridas do Jockey!

Aqui tudo acaba em pizza, ou em impropérios ensaiados pelos próprios parlamentares diante de uma denúncia ou acusação, tudo para maquiar, tudo para fantasiar. Nossa única heroína destinada a combater essa farra do boi já não possui mais forças: a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) se transformou em outra CPI (Comissão Pacificadora Indulgente).

Tudo é resolvido amistosamente. A CPI serve para arquivar devidamente o que será esquecido entre quatro paredes. O Pizzaiolo bate na porta e pronto: o jantar está na mesa!

A política em nosso país possui uma definição clara: É a condução dos negócios públicos para proveito dos particulares. Me recordo debochadamente dos coqueiros que a Marta Suplicy implementou na Av Nova Faria Lima durante seu mandato.

Coqueiros ultra mega faturados e ultra mega mal direcionados. Qualquer estagiário em biologia afirmaria que é impossível um coqueiro sobreviver numa condição adversa dessa natureza: em meio á concretos e CO2 na cara!

Nosso governo caberia sociavelmente em alguma série de TV, com Luiz Fernando Guimarães no elenco e Fernanda Young no roteiro! Uma comédia mais apimentada que Os Normais. Uma série de TV que daria muitos episódios.

Mas como não estamos vivendo nem um tipo de ficção, mesmo lembrando “A Comédia da Vida Privada”, eu levaria inúmeras páginas de citação para descrever os escândalos medonhos do nosso governo. Portanto, prefiro traçar uma analogia em relação ao próximo feriado que vem pela frente:

Nossos governantes adotaram a filosofia dos cavalos na parada do dia 7 de setembro: cagando, andando, e todo mundo aplaudindo. A única diferença nessa metáfora são os aplausos. Aqui a gente não aplaude, a gente se resigna! O que no meu ponto lúbrico de vista, é bem pior! O brasileiro aperta o piloto automático e segue com sua vida...

A política brasileira configura uma charge de desenho animado. O Mickey é o senado e nós somos os patetas endossando o atestado de incompetência eleitoral. Se o povo vota mal num reality show de televisão, o que diria então em uma eleição?

É verdade que somos ludibriados por verdadeiros marqueteiros e conquistadores de plantão nas épocas de eleição, mas convenhamos: A gente não nasceu pra voltar!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O fascínio pelo pop


A trupe do blog “Ideias no Almaço” foi a fundo e trouxe para vocês, algumas terminologias bem cansativas da nossa gramática suburbana. Nossa base de pesquisa partiu do pressuposto que tudo que vira pop vira merda. Confira:

VIP: Com a crise econômica em vasta ascensão, tudo se tornou VIP! As baladas competem entre si para dar mais VIPs aos seus freqüentadores, cujo o lema é: “Participação especial: Você!”

Você quem? Você e mais um milhão de pessoas. Não há exclusividade, do Itaim Bibi ao Largo da Batata, tudo é VIP!

As festinhas dos famosos que são exibidas incansavelmente pela mídia, você pode ter certeza que todos os convidados que estão lá são VIPs. Ou seja: VIP é ser chique! Tão “chique” quanto à própria palavra “chique”.

SOCIALITE: Termo freqüentemente usado nos programas do Amaury Junior. Basta estar em alguma festa de lançamento de alguma grife ou produto, portando um colar de pérolas e um poodle que você já se credenciou para o título de Socialite.

Tudo que começa com TOP e tudo que termina com STAR. Exemplos infinitos: Top Model, Top DJ, Top of Mind, Top of the Top (o pior de todos).

Popstar, Pornstar, Rockstar, Superstar. Em breve algum formador de opinião lançará um termo à altura de tanta bajulação: Topstar, imagina?

FORMADORES DE OPINIÃO: Quer incluir os socialites em sua festa de lançamento? Mensure no convite: Presença de inúmeros formadores de opinião. Vai bombar!

EVENTO: Com a falta do que fazer com o dinheiro adquirido, as grandes empresas desenvolvem o que eu chamo de evento. Os números comprovam a crescente onda desse serviço: De cinco anos pra cá, a quantidade de eventos quadriplicou em São Paulo e Rio de Janeiro. Quer aparecer? Faça um evento!

RIO DE JANEIRO: A cidade é simplesmente fantástica. Mas a palavra Rio de Janeiro é um fio condutor para outras “breguices” que só adquirem status por lá: Eventos, Festa da Revista Caras, Carnaval, Reality Shows e por aí vai...

FAMOSOS e CELEBRIDADES: No Brasil, esses termos são tão utilizados que não existe grau de separação. O que eu sei é que se essas palavras fossem banidas do nosso vocábulo, os programas da Redetv entrariam em colapso existencial.

Pra que ter curso de teatro ou faculdade de rádio, televisão e jornalismo? Qualquer um que aparece uma vez na televisão brasileira já vira famoso. Um conselho: Pegue a grana que você investiria na faculdade e faça um clareamento a laser nos dentes, um bronzeamento artificial e uma plástica em algum lugar visível. Famosos precisam disso pra sobreviver diante dos holofotes!

TECHNO: Tudo que rola na balada é techno. As tiazinhas adotaram esse termo pra qualquer tipo de som em que a batida da música faça “tuntistun tuntistun”.

É “modernim” ligar para as amigas no dia seguinte e dizer: “Nossa, você perdeu a balada de ontem, só rolou techno!” Por isso esse termo caiu nos braços da massa e hoje qualquer remix da Eguinha Pocotó vira Techno.

BALADA: Outro termo exaustivo na gramática moderna. Eu já ouvi essa expressão mais do que a música “I Will Survive”. É preciso reinventar esse termo, já deu o que tinha que dar!

I Will SURVIVE: É impressionante! Se a Gloria Gaynor ganhasse um dólar a cada vez que sua música fosse tocada no mundo, Bill Gates seria faxineiro dela!

Essa música inspirou os invencíveis: Rambo, Highlander, Chaves, Chuck Norris, Jason e o Silvio Santos. Sobrevivência é a meta!

FASHION: Das belíssimas passarelas de Milão para a boca de todo mundo. Assim como o VIP, tudo que é moderno é Fashion. A banalização do termo é tamanha que hoje se faz uma bela confusão em volta do seu significado: Já ouvi dizerem por aí que mini saia de tricô com salto alto é fashion. Bah!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

República dos Interinos


Tive dias árduos nos tempos de colegial. Acordava as cinco da matina pra pegar aquele ônibus amarelo que hoje me lembra o ônibus escolar dos Simpsons.
Ficava plantado em pé no pátio do colégio porque era obrigação assistir ao padre tentando nos empurrar goela abaixo os mandamentos do catolicismo. Hoje sou um celibatário por conta desses ensinamentos.

Era um tempo difícil, sonhava até com livros gigantes correndo atrás de mim, transpirava mais que um maratonista quando acordava do pesadelo. Entretanto, não me arrependo desse esforço sobrepujado.

Fiz tudo isso pra não me tornar um interino! Qualquer profissão me vale, quer dizer, qualquer não: menos interino! Interino deveria ocupar o cargo de pior profissão do planeta, porque é uma substituição da própria profissão exercida. Não me recordo de ver algum interino se dando bem em seu cargo.

Não existe interino nem na prostituição! Você já soube de alguém que ligou para o tele sexo solicitando a Shirley Carabina e em seu lugar veio a Jennifer Escopeta? Não existe isso!

Outro exemplo: O encanador italiano Mario é mais famoso que o seu irmão Luigi, isso porque Luigi é um interino nos games do Super Mario, ele só entra no jogo em segundo plano, é uma segunda opção. Vive á sombra do seu irmão.

Seu real significado nas explicações de um dicionário não compete com a prática: A palavra interino não significa ser passageiro ou temporário. Interino significa improvisado, recolocado e reloucado também, Por que não? No dito popular é um tremendo quebra galho!

É uma palavrinha que denota adoção sempre acompanhada por devoção, isso porque geralmente os interinos se empenham com tanta soberba e afinco que muitas vezes conquistam o clamor do público ou das pessoas que o rodeiam. Mas não se engane: toda essa pró-atividade exercida não é gratuita, é pra escapar dessa nomenclatura bendita!

No entanto, nossa sociedade está impregnada de interinos. Existe interino até no amor, ou você acha que aquela ligação no celular da sua namorada é o personal trainer dela desmarcando o treino de sexta feira? Deslizou? O interino aparece!

No futebol, por exemplo, os interinos são peças que entram em cena após um desgaste completo na relação “treinador x resultado”, ou melhor, dizendo: “treinador x jogador”.

Aliás, revendo meus conceitos, no futebol os interinos unificam o elenco dividido, apagam o incêndio quando a coisa está ficando sem controle e ainda por cima tem o aval dos jogadores por uma série de valores conquistados lá nos treinos.

Mas também basta tropeçar em algum jogo dentro da própria casa para a batata começar a aquecer e tudo voltar ao seu devido curso natural, ou seja, voltar a ser um interino.

Na política, a substituição de um cargo fixo para um cargo de interino é pragmática, óbvia e vai de acordo com a sujeira exposta pelo senado.
Escândalos visíveis não possuem super poderes e quando um escândalo é descoberto, é necessário mostrar ao povo que está se fazendo alguma coisa, mesmo que “essa alguma coisa” não seja lá uma grande coisa.

De qualquer forma, no final do túnel, quem fala mais alto é o capitalismo. Sendo interino ou não!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Corre corre, pega pega!


A vida parece um treino de spinning com propósitos inversos. Aqui, em nossa vida, corremos competitivamente e sem respeitar individualismos. Obedecemos ás regras do jogo e nada mais!

Para otimizar o tempo e ter tempo, fazemos tudo atropeladamente. É complicado organizar tanta coisa diante de um turbilhão de fatos e acontecimentos dispostos a nos empurrar para um abismo profundo, rumo á casa do Bob Esponja.

O Tempo é uma barrinha progressiva de download, a ampulheta estava muito devagar e obsoleta para tal finalidade.

O passado passa tão apressado. A gente mal sente o presente. E o futuro? Bom, o futuro não tem um fim definido quanto mais aqui nesse texto. Nem Nostradamus previa esse tipo de frenesi neurótico e obsessivo do século XXI.

Perdemos o senso em busca da imagem fabricada. É até uma redundância, mas seguimos qualquer tipo de modismo que surge como tendência e quando essa mesma vontade irrefletida e nada reflexiva contamina a sociedade, logo inventam outra moda. Isso porque os progenitores das inovações estão em constante processo de invenção. É o ofício da profissão!

Queremos o bem estar absoluto! É para isso que estamos aqui. Queremos ganhar mais, viver mais. Queremos mais e mais! Não há limites para essa ambição sedenta por felicidade. Vamos correr em busca dela!

Falando em correr. Não entendo muito sobre atletismo muito menos o impacto positivo que esse grandalhão chamado Usain Bolt trará para esse esporte. O que sei é que seus espetáculos estão a cada dia terminando mais cedo.

E diante dessa corrida compulsiva sem ócio e sem rupturas, eu me questiono: Se Usain Bolt ganha dinheiro em apenas 10 segundos, por que eu tenho que esperar 30 dias?

O mundo é repreensivo e injusto mesmo!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Prevenção ou reabilitação?


Fazemos nossos karmas e colhemos os frutos dessa fabricação, e o seu payback vem traduzido de forma literária. A forma mais eloquente de se caracterizar o passado!

Ás vezes uma sombra segue nossos passos incansavelmente. Uma sombra que, ao invés de desvanecer-se com o passar das horas, dias e anos, vai adquirindo força máxima diante das nossas tropeçadas pela vida afora...

É a lembrança do que não foi! É a presença imaterial da pessoa que um dia nos ofereceu amor e que não soubemos compreender. A rara e suprema felicidade da vida e o inolvidável significado de ser amado por aquilo que você era (ou mais precisamente), ter sido amado “apesar” daquilo que você fora um dia.

Como se fosse um pássaro, vôo em vão em busca da realização de um sonho, uma fantasia. E só depois ao me deparar com minhas mãos vazias e um amargo sabor de lágrimas nos lábios, compreendo o valor desse amor, que se oferecia generoso, indivisível e incondicional.

Volto a olhar para o caminho que comecei a percorrer nas asas da ilusão e para o que tento trilhar agora, sozinho, com um pouco mais de cautela a cada dia, cada vez mais lentamente, um pouco vencido pela tristeza e desengano.

Volto a meditar sobre a essência desse amor. Um amor que talvez fosse indigno de recebê-lo por tanta elegância e por tanta gentileza depositada. Definitivamente uma vida dentro de outra vida.
O mais puro e longo dos crescimentos onde a paciência só se permitia com a prática, e o significado se fixava num estado inexprimível indicado por ações e atitudes.

Nosso mundo era repartido por vulnerabilidades, exposições e puro coração aberto, sem receio do horizonte! Muitas vezes sobre certos riscos, mas também era composto por uma alegria transbordante e inigualável.

Em uma metáfora musical: Sou convicto a dizer que nosso amor era composto por uma melodia sobrenatural, arranjos harmoniosos e um refrão vibrante e excitante capaz de inspirar qualquer maestro ou compositor.

Enfim, o amor não é privilégio de alguns, é para todos que sabem amar. É um caminhante que passa ao lado da vida e somente pára quando lhe oferecem abrigo e ternura.

Assim é a lembrança para pessoas que como eu, não souberam amar. Uma sombra que desaparece á cada pôr do sol mas que invariavelmente me faz regressar ao passado, porém com muito orgulho do que foi presenciado. Dando certo ou não!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Pela porta dos fundos, com muito orgulho!


Uma passagem infeliz na vida profissional de qualquer cidadão:

A meta comum de todo ser vivo é a sobrevivência. Diante disso, nós, meros mortais e coadjuvantes desse circo humano nos deparamos com duas vertentes: ou nos espelhamos na integridade e na boa conduta, ou partimos para os valores terrenos e tacanhos...

É com propriedade com que venho abordar os sentimentos mesquinhos e medíocres de alguns protagonistas dessa sociedade corporativa, haja vista, fui vítima dessa falsidade ideológica que certos membros dessa Companhia confundem sordidamente com “política de relacionamento”.

Entretanto, me deparo com um paradoxo bastante heterogêneo. Estive num ringue de boxe, não em uma Companhia digna para se trabalhar:

No canto direito do ringue vejo um funcionário autêntico, fiel à boa conduta e aos bons hábitos, transparente, ética ponderada, do tipo boca livre. No canto esquerdo do ringue, vejo um adversário manipulador, dissimulado e arrogante. Disposto a difundir a discórdia por razões passionais e banais.

Indago plausíveis questões: se o caráter e a filosofia que alguns colaboradores exercem debatem-se frontalmente com a filosofia oposta da Companhia. Onde estão os modelos de valores tão falados em reuniões, colocados em murais, explícito nas integrações e brifado constantemente no dia a dia?

E o que dizer então dos procedimentos de atuação? Sempre pautados por sólidos preceitos éticos e por integridade, respeito, profissionalismo e trabalho em equipe???

Certo de que a idade se debruça sobre os ombros de alguns colaboradores, isso não justifica e muito menos ameniza a confusão apocalíptica que se faz em uma atmosfera de trabalho.

Não podemos confundir a indisponibilidade pessoal que se tem de um companheiro de trabalho (irracional, diga-se de passagem) com seu competente profissionalismo! Isso não seria característica de uma pessoa retrógrada e intempestiva? Voltemos á justificativa cronológica.

De certa forma, essa pluralidade se diferencia dos meus princípios acadêmicos. O apontado como “parceiro da terceira idade” é na verdade o embrião do politicamente correto que cumprimenta a todos diariamente com bom humor adjacente e austero, mas é seguidor fiel da frase: “Não nos tornamos vítimas de ingratidões enquanto mantivermos condições de oferecer favores”.

A famigerada busca pelo interesse alheio desenfreado e dissimulado. Suas ações são baseadas na crença de que “bajulando um dia chega lá”, o que poderia ser ilusoriamente traduzido como integração, instinto democrático e uma obsessão terrível em representar um personagem.

Mas como diz a canção: “É preciso saber viver”. Preferencialmente, com boa dosagem de humor. Humor bem ao estilo do brasileiro. Nós que temos a capacidade (ou a mania) de rir da nossa própria desgraça. Para não sucumbirmos diante da desastrosa realidade. Mantendo, por assim dizer, nossa capacidade de indignação e de resistência.

Embora o silêncio seja algo extremamente apreciado por pessoas de auto-intelecto, oferto essa minha manifestação para abrir os olhos, ou curar a tifóide dos membros mais sensíveis e menos pragmáticos dessa Companhia, referente a esse “ser engajado do mundo capitalista moderno”.

Obrigado a todos que me ofertaram conteúdo e sabedoria.

Sem mais!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Feriado em Marte


Falar sobre Marte é falar sobre o desconhecido! Temos um número insignificante de informações precisas sobre o “Planeta Vermelho”, todas embasadas e transmitidas pelo History Channel. Se não fosse ele, nós, leigos em Astrologia mal saberíamos sobre sua existência.

Marte possui um misto de mistério e encantamento envolto de lendas, folclores e algumas verdades. Marte possui um lugar especial na imaginação notória dos balzaquianos. Isso é seguramente justificável graças ao Professor Dingle Dong e o Pica Pau (ambos foram a Marte algumas dezenas de vezes).

Imaginação ou não, o fato é que no dia 27 de agosto de 2009, nós terráqueos, presenciaremos um fato inédito em toda civilização humana: O aparecimento de duas luas em nossa Galáxia. Eu explico!

Em agosto, a distância entre Marte e a Terra estará bem menor que os demais dias do ano, a ponto de vermos o Planeta Vermelho tão de perto que se tornará visualmente falando do tamanho de uma lua cheia (e tão brilhante quanto).

Portanto, fiquem atentos! Permaneçam grudadinhos com a namorada (vocês terão duas luas pra poetizar, olha que máximo?). Saiam da frente do computador, esqueçam a internet e a academia. Um fato histórico dessa magnitude só acontecerá em 2287, ou seja, você não estará vivo pra conferir!

Garanto que se você estivesse em um auditório, num programa de perguntas e respostas e tivesse que responder se essa informação é verdadeira ou falsa, você não hesitaria: apertaria a buzina e gritaria: VERDADEIRO!

E o troféu Asno de Ouro iria pra você que fica perdendo seu tempo lendo e acreditando nessas baboseiras da internet. Isso não é uma ficção especulativa, e sim uma bobagem virtual que se tornou uma lenda cibernética que vive a percorrer as caixas de emails do Gmail, Hotmail, Yahoo e por aí vai.

A farsa retoma seu fôlego todo santo mês de agosto. Mês em que o planeta Marte se aproxima realmente da Terra, mas não tão próximo da vigarice desse email.
Em meio a tantas especulações sobre o que se supõe e o que se acha sobre Marte eu me pergunto: Será que existe alguma sustentação plausível para se falar de um planeta que está aproximadamente a 230 milhões de quilômetros do nosso lar?

Uma distância inimaginável para nossos conceitos, porém muito próxima da falta do que fazer de alguns “seres pensantes” aqui da Terra. Desenvolver mentiras virtuais é um ato que adotou força com a massificação da internet, maldita inclusão digital sem critérios, porém com muito crédito pessoal: Hoje em dia compramos um computador em até 50 vezes, é mole?

E como todo mês de agosto a mentira retoma os emails, muito em breve haverá um feriado para se comemorar essa aproximação de Marte, e muita gente vai acreditar.

A profusão de falsas mensagens é tão contagiosa que ás vezes fica difícil desassociar o boato da verdade. Exceto algumas informações banalmente óbvias como as correntes virtuais e religiosas, mensagens de crianças desaparecidas, fantasmas de Michael Jackson, pedidos de ajuda etc.....

Deito de rir com o conteúdo das correntes e seu desfecho conceitual. Ao final de uma corrente sempre tem uma frase ameaçadora ou motivacional, do tipo: Se você repassar essa mensagem para 20 amigos em 15 minutos, você conhecerá a mulher da sua vida no próximo sábado.

Oras, isso é pior que horóscopo de revista. As mensagens sempre são subliminares e evasivas, não há precisão nelas. Qualquer panaca que sair num sábado á noite piriga conhecer uma mulher. Se ela será a mulher da sua vida ou não, aí depende de você meu caro.

De qualquer forma, se seu xaveco falhar ligue para a redação que você comprou a revista e reclame!
Mas não se debruce em alguma solução, PROCON também costuma ser lenda.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Quem vê cara, não vê intenção


Nesse mundo globalizado e bombardeado de informações e de competitividade. Se você não for um exímio vendedor, esqueça seu espaço na sociedade. Conquistar não é fácil e persuadir é a ferramenta!

Nessa vida existe estratégia pra tudo, até pra casar você precisou se vender. Esqueça o bordão “jogou o charme”, aqui não é o America´s Next Top Model da Sony Television. Você se vendeu, isso sim!

E o tempo de permanência na vida conjugal é o termômetro para saber se a “propaganda” que você vendeu não foi enganosa. E se ela foi enganosa, prepare-se para o mundo acirrado e injusto da oferta e procura. Além de saber vender, você vai ter que saber comprar também!

Confira alguns dos melhores e piores vendedores da história:

Melhores:

- Homer Simpson (nos convence todo santo dia que assistir os Simpsons é a solução imediata para o mau humor).

- Bill Gates (convenceu á todos nós que sem o seu software a vida ficaria um pouquinho mais complicada do que já está)

- Edir Macedo (de freqüentador de terreiros de Umbanda á dono de templos religiosos, acesse http://www.wikipedia.com.br/ a mim não convence mas.....)

- Bush (convenceu o mundo que o Iraque possuía laboratórios nucleares, só pra pegar o Saddam. Briguinha pessoal que virou assunto mundial!)

- Tony Fadell (persuadiu a Apple a desenvolver sua idéia e hoje o Ipod não sai das nossas orelhas)

- Maga Patalojika (convenceu os Irmãos Metralha e a Madame Mim a roubarem a tão desejada moedinha número um do Tio Patinhas)

- Vendedores de Yakult (hoje compramos até no mercado, mas quem tornou o produto conhecido foram os incansáveis vendedores de campanhia)

Piores:

- Diabo (gerou discórdia nos reinos dos céus ao tentar implementar o princípio da corrupção universal, em seu treinamento esqueceu de chamar o “Mal” luf e o Nero)

- Nostradamus (de pretenso médico para suposto vidente, embora quase ninguém acreditasse em alquimia naquela época. Seus “palpites” são lembrados até hoje e graças a ele a Mãe Dinah ficou famosa)

- Hitler (tentou persuadir uma nação a seu favor, mas seus planos não foram tão adiante, faltou um curso de vendas com o mesmo cara que inventou as facas Ginsu)

- Smeagol (tentou frustradamente convencer o Frodo a dar o anel para ele, não vá pensar merda!)

- Os programas de televisão aos domingos (nada que preste! nada que agregue! Mas estão há anos insistindo nisso!)

É por isso que eu falo: Vendedor tem que ser como atacante, não deve desistir nunca de uma jogada!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

"Superation Society"


Embora não seja músico, sigo a máxima de que pra se fazer música não existe faixa etária. Michael Jackson começou aos 5 anos, Elvis Presley iniciou sua carreira profissional aos 17, Cher começou aos 20, Madonna nasceu em 58, mas debutou sua carreira no início dos anos 80.

Exemplos não faltam diante desse Universo infinito de estrelas. Mas até onde a cronologia do artista vs música ultrapassa o sistema de coordenadas espaço vs tempo?

Um exemplo prático e fresco: Alguém foi ao show da banda eletrônica oitentista Information Society? Eu não fui! Entretanto tenho informantes que estiveram lá, prestigiando uma das mais latentes bandas fincadas no estilo eletrônico, além de vanguardistas do gênero! Quem não se lembra dos sintetizadores alucinantes de “What´s on your mind” e “Running”? Impossível ficar inerte!

Ainda bem que as canções não envelhecem e continuam frescas em nossa memória, porque vê-los da forma que eles se apresentaram foi doloroso, disse um amigo meu. Um tanto óbvio falar sobre envelhecimento uma vez que possuímos milhares de células dentro do nosso corpo. Em contra partida a música possui DNA, mas não possui rugas nem pé de galinha!

Pra complicar um pouco mais esse equacionamento, estudos comprovam que a voz também envelhece á medida que vamos ficando “mais experientes”. De qualquer forma, para todos que estavam presentes no Via Funchal no dia 12.08.2009, o alívio dos fãs foi imaginar o grupo em seu auge nos anos 80 e começo dos anos 90 porque na atual apresentação faltou muita coisa.

Bem distante da forma física, Kurt Haland (vocalista) ao invés de usar os patins que tanto o consagrou nas primeiras visitas ao país, precisou de um ventilador para refrescá-lo durante toda apresentação. A forma física desfavorável não era visível apenas em Kurt, todos da banda estavam com a barriguinha bem avantajada e aquela voz imponente e robusta de Kurt (citada no parágrafo acima) já não era mais a mesma.

Realmente é doloroso ver ídolos soberanos envelhecerem. Acho que aniversários deveriam caber somente ás tartarugas. A Dercy Gonçalves já não serve mais de exemplo!

Mas acredito que para os mais experts em música. A perfomance no palco pode incomodar um pouco aos olhos dos fãs, entretanto o que importa é manter a originalidade e a cultura. E o Information Society não ficou em débito, manteve os samples e se mostrou fiel ao estilo Synthpop. Nada convencional, tudo eletrônico!

A relação linha do tempo e túnel do tempo não é amistosa, mas para os gênios musicais sempre haverá uma nova chance. Uma oportunidade de mostrar aos fãs que ainda é possível reviver o passado e provar para o tempo que as boas canções não envelhecem jamais!

Think About it! Think About It! Think About it!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Reinventando a complicação


A atribulada e ocupadíssima Câmera dos Deputados quer sancionar uma lei que prevê o serviço implementado de moto táxis na cidade de São Paulo e em outras cidades do Brasil.

Como se já não bastasse convivermos minuto a minuto com carroças, com motoboys, com caminhonetes, com ônibus, com lotações, com bicicletas e com banheiras de quatro rodas, além dos carros comuns, obviamente...

Reveja e se estrebuche de rir com as exigências do projeto de lei:

“... Ainda como exigências o condutor tem que usar traje que o identifique, bem como que o veículo tenha cano de escape revestido de material isolante térmico e alça metálica lateral para proteção em caso de acidente, sendo ainda obrigatório o uso de equipamentos como capacete com viseira, conforme Código de Trânsito, blá blá bla”

Aqui vai uma segunda visão ou talvez a milionésima visão sobre este assunto.

Não entrarei no mérito do imposto gravoso requerido pela lei, afinal de contas, ter um cano de escape revestido de material isolante térmico e alça metálica lateral para proteção na moto é extremamente fácil, prático e barato de se obter, (quem me questionaria). Não é mesmo? A Índia já adotou esse sistema, por que não funcionaria aqui no Brasil?

Imagino como seria fácil a identificação da polícia para distinguir um ladrão de um passageiro. Ou como seria um seqüestro relâmpago, mais rápido que a velocidade da luz? Então teríamos um seqüestro supersônico (mais rápido que o Sonic do vídeo game).

Como seria a higiene desse transporte? Já imagino a maior migração de piolhos por metro quadrado do mundo, ou a concepção de uma nova gripe: A gripe cabeluda!

Pensando bem, é uma promissora e extravagante justificativa para não se investir no metrô, muito menos na iniciativa privada. Pra que ter tantas obras na cidade? Pra que construir viadutos, rodoaneis e pontes? A questão vai além da imaginação (e não é o seriado twilight zone).

A cidade de São Paulo se direciona para os aposentos de uma UTI. Aqui não há espaço pra mais nada! A cidade foi projetada para 8 milhões de pessoas e já ultrapassamos os 16 milhões. Em breve teremos ratos dividindo conosco as filas do mercado em plena luz do dia. Se a situação aqui em cima já é sufocante, imagina para os ratos lá embaixo?

Além da super lotação da cidade há também a super degradação, a super desestruturação, a super criminalidade e o super desapego com a própria cidade. “Super” aqui não falta, mas como se vê, nossa cidade está carente de super heróis.

E já que na Índia o sistema colou bem, podemos implementar o sistema do Saara e importar camelos. Veja que conforto: Camelos para dois passageiros e Dromedários para um passageiro. Que diferença faria em nosso pacato convívio social? Uma vez que já temos os camelôs transbordando as calçadas do centro?

Podemos seguir a mesma direção e soltar jegues nas ruas carregando humanos. Menos poluentes na atmosfera e mais geração de empregos, afinal de contas, quem limparia as cagadas pelo asfalto?

É impressionante como somos ricos em inventar alguma coisa pra sair da crise ou pra abafar o desemprego. Se somos tão criativos, por que não exportamos idéias?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Bem distantes da real concepção


Ultimamente eu venho sentindo uma solidão cultural. Difícil encontrar um amigo ou uma amiga que goste de uma peça teatral, que goste de ir ao Via Funchal assistir o lendário Information Society, que goste de curtir um som das antigas no Mary Pop ou até mesmo perder duas horas da vida vendo um assustador filme de terror. Só tropeço em gente que fala besteira e da vida dos outros.

E por falar em solidão...

Ás vezes eu vivo na solidão! Antes não a conhecia, foram as circunstâncias da vida que me apresentaram. Não faço dela um modo de vida, mas por vezes ela é um mal necessário. Ela é vital para se redescobrir a si mesmo, saber quem eu sou e o que pretendo ser adiante, daqui a um semestre ou no próximo verão. Isso não importa, uma vez que o tempo seja um mero atuante nessa peça teatral intitulada: Vida!

Solidão é cíclica, é latente, é passional, é efusiva, é enfadonha, é visceral, é extremista e totalmente separatista. É um ambiente convexo onde suas sensações rodam sempre no mesmo lugar. Solidão não é estar ou chegar ao fundo do poço, isso é depressão! Solidão é reflexão, é o contato direto com meu interior e não tem nada a ver com permanência, talvez com embriaguez ou com o orgulho de ficar só!

A solidão sempre foi marginalizada por anônimos, por aspirantes e por escritores. Dos milhões de significados existentes sobre a solidão, o tema é sempre o mesmo: Associam a solidão com a falta de uma pessoa ou com a falta de amor. Pura inteligência artificial!

Solidão é ouvir George Michael – “Kissing a fool” num dia nublado de domingo.

Colocamos a culpa na solidão dando-lhe uma fama indecorosa e injusta a qual nós somos os progenitores. Criamos a solidão até mesmo quando estamos em um aposento repleto de pessoas, mas o seu conceito é totalmente dissimulado e desconexo. Todos confundem o significado da solidão.

Intimamente falando, solidão é algo inspiracional! Me arranca de uma realidade verdadeira e me faz viajar numa realidade fictícia, próximo de uma utopia. Sem dramatizações mexicanas a qual prefiro concluí-la com alguns trechos das explicações do poema de Fátima Irene Pinto:

“Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... Isto é carência! Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... Isto é saudade! Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... Isto é equilíbrio! Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente... Isto é um princípio da natureza! Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... Isto é circunstância!”

Só há solidão porque vivemos com outras pessoas!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Inovando conceitos


Ela é a encarnação das atraentes Pin Ups dos anos 40 e 50. Ficou sem voz ao conhecer a Madonna. Só usa nano roupas (ou seja, alguns pedaços de pano). Adora se enfiar em polêmicas e alcançou o mainstream com uma música bem safadinha. Acha que sexo casual é nojento e usa o movimento gay (sem ser gay) para fazer sucesso.

Isso, ela mesma: Katy Perry!

As celebridades de hoje em dia surpreendem até mesmo os mais moderninhos. Abusam da moda, abusam nas declarações e abusam das polêmicas. Foi o caso de Katy Perry ao escrever em seu blog que a gripe suína é algo moderno e que está na moda adquirir o vírus H1N1.

Quem diria hein? Quem diria que entre um casal de pastores evangélicos nasceria uma louca de pedra? Decepção para os pais, orgulho para os fãs! A mocinha que adora roupas com estampa de bolinhas e assessórios extravagantes vai além e escandaliza o mundo Pop!

Eu gosto da Katy Perry! Gosto da sua ousadia e da sua capacidade de se expor sem modismos: Já se apresentou vestida de ovo frito, se jogou em cima de um bolo gigantesco numa premiação da MTV e de quebra, já se vestiu de “mulher sushi”.

Fico imaginando qual seria o figurino dela se ela se apresentasse na Etiópia, em Roma, na Grécia ou até mesmo no Brasil. Se bem que aqui já temos uma feira esperando por ela: mulher melancia, mulher jaca, mulher moranguinho...

No entanto, o que mais me cativa em todo esse contexto apresentado vai além da sua capacidade musical. Acho interessante uma jovem ressuscitar o estilo Pin Up numa era em que a tecnologia rouba a atenção dos holofotes. Ela pode ser polêmica, controversa, aproveitadora como alguns dizem, mas acima de tudo ela é sensualíssima, atraente e muito bem astuta quando o assunto é ganhar dinheiro.

Além do estilo retrô e ousado das pin ups. Katy Perry mescla em sua estampa a sensibilidade de uma garotinha ingênua com a malícia de uma mulher bem vivida.

Siga meu conselho: Entre no Google e veja a letra “I kissed the girl”. Uma letra que ilustra bem a curiosidade feminina pelo “outro lado”. O lado proibido e contraditório da maioria da educação pregada pelos nossos pais. E Isso não é eufemismo!

Ela nada contra a maré em inúmeras situações, isso é ser autêntico! Mesmo ciente de que ser autêntico num mundinho politicamente correto é nocivo á sociedade, porque espanta, porque choca e porque assusta! O resto é apenas uma rotina no mercado fonográfico.

Fiz uma pesquisa sobre o que as pessoas acham da Katy Perry, confiram o resultado:

Meninas de 12 anos: “Soh fã da Perry, axu ela bem mais linda ki a Britney e ki a Lohan. Axu 2 músicas dahora: “I Kiss de girl” e “hoty n gold”.”

Meninas de 15 anos: ”Ai, eu aduru a Keith Perry, inclusive entrei com uma música dela na minha festa de debutante, móh legal foi!”

Meninas de 20 anos: “Eu sigo o estilo dela, acho massa! Mais misturo com coisa mais básica pra equilibrar na hora de ir pra balada.”

Meninas de 30 anos: “Ela é a personificação e o retorno das Pin Ups, divertido!”

Meninas de 50 anos: “Quem?”

Meninos de 12 anos: “Eooo axu móh música de menina, toh fora!”

Meninos de 15 anos: “Peguei uma minah numa festa de 15 anos com essa música, axei irado!”

Meninos de 20 anos: “Si déh mole, eu pégo fácil, ela é linda d+”

Meninos de 30 anos: “Ouvi dizer que ela é lésbica, show de bola!”

Meninos de 50 anos: “Keith o que?”

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O lado B da tecnologia musical


Fomos abduzidos pelo poder de sedução da tecnologia e suas inovações. Alguém no mundo de hoje viveria sem esses recursos? Nosso celular se tornou indispensável, bem mais que o nosso rim. O Ipod, o MP3 e o Google são integrantes fixos da nossa higiene diária pessoal. Ah, e claro: Escovar os dentes, arrumar a cama, tomar banho e dar bom dia também.

De fato, a tecnologia invadiu nosso cotidiano e hoje somos “dependentes físicos” dessa evolução. Desde o controle remoto ao microondas, passando pelas máquinas digitais de altíssima resolução, pelos milhões de plugins e pelas conference calls do escritório, somos uma sociedade “circunferencialmente” moderna. Vivemos de botões!

Eu sei que eu já disse isso em outro texto, mas como não sublinhar a teoria de que tudo gira em torno de botões? Esqueçam as manivelas! Em breve não existirá mais o pedal nem na bicicleta do seu filho. Como não sou inventor, não me pergunte como será feita a bicicleta. Difícil mesmo é acompanhar o ritmo frenético da evolução.

Tudo é devidamente ultrapassado em um curto espaço de apreciação (não de tempo), inclusive o carro que você financiou em 851 vezes, quando chegar na 20° prestação já deixou de ser carro e virou acessório de locomoção!

A esfera musical também sofre o impacto dessa modernidade revolucionária. Esqueça a época em que uma banda se resumia aos músicos, seus instrumentos e seus microfones muito bem alinhados em uma qualidade sonora revista mais de 10 vezes só para alcançar uma boa sonorização.

As mesas digitais, os sintetizadores e os infindáveis programas musicais facilitaram a vida do músico, (Rick Wakeman e Information Society não me deixam mentir!).

A tecnologia musical engana a obra mais letal criada pela humanidade: O tempo! Hoje os músicos desenvolvem obras incrivelmente belas e complexas em um tempo meramente reduzido, tudo isso por conta desse mundo digital apressado para criar e mais acelerado ainda para comercializar, aí entra o lado B.

Se por um lado temos a Internet em prol da comercialização imediata de CDs e trabalhos musicais, por outro lado temos a questão do capitalismo exacerbado e implacável em busca do sucesso. Isso sem contar na substituição da mão de obra onde as gravadoras perderam seu espaço em meio à massificação desse Universo High Tech.

A ensandecida busca pelo sucesso também oferece um lixo expansivo de porcarias criadas á granel, sem profissionais gabaritados e sem uma avaliação precisa do que está se criando. Mas isso eu prometo contar em outro texto.

A verdade é que largamos as coisas ultrapassadas para trás porque elas não nos satisfazem mais. O Walkman foi demitido e em seu lugar recrutamos o Ipod, bem mais pró-ativo que seu predecessor.

Na ordem inversa existem as demissões inaceitáveis, como a do Vinil e da fita cassete, suprida pelo revolucionário CD o qual já está treinando o download digital para ocupar seu lugar.

Nosso mundo capitalista e ávido por tecnologia é validado, intermitente e temporário, em breve pinta outro aviso prévio por aí...

Intemporal mesmo é nosso HD caseiro, lá as coisas entram e saem quando bem queremos e na hora em que queremos. Nada de acompanhar modismos ditatoriais!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Corrida Maluca, Mario Kart e Rubens Barrichelo

A fórmula 1 teve uma final em 2008 de fazer qualquer usuário de Viagra se excitar (sem o viagra). Uma final extasiante que não se via há muitos anos, onde nosso brazuca e devotado Felipe Massa esteve há poucos metros de estourar a Champagne no ponto mais alto do Pódio.

Mas vamos falar sobre 2009, vejam só: A Fórmula 1 em 2009 lembra a lendária “Corrida Maluca”, divididas em tópicos:

1º - Um tal de Kers (quér pros mano) revolucionando os carros.
2° - A Brawn. Liquidificador? Não! Uma escudeira desconhecida que foi motivo de chacota para todos os competidores e fãs da Fórmula 1.
3º - O inglês Jenson Button que não dá tanta importância para o tal do Kers.
4ª - O alemão Sebastian Vettel tentando honrar o compatriota Schumacher, porém, só conseguiu fora das pistas, mantendo a frieza do alemão na entrevistas.
5º - Rubens Barrichelo.

Voltando para minha analogia e tirando as teias de aranha da sua cachola. A Corrida Maluca foi um antigo desenho dos anos 80 da Hanna-Barbera cuja temática contava a história de corredores insanos em busca da vitória, custe o que custar! Personagens hilários e birutas, carros extravagantes e toscos, além de muita sacanagem entre os corredores, (no bom sentido).

Abrindo um parêntese, não me espanto se não foi desse roteiro insano que a gigante Nintendo criou o Mário Kart. Um game que só tem personagens insanos e carros mirabolantes onde ganhar a corrida é uma mera distração, o objetivo é trapacear e rir da barberagem alheia.

Daí vem a indagação: “Qual a ligação entre: Corrida Maluca, Mário Kart e Rubens Barrichelo?
Embora a ligação não seja tão direta assim, veja as semelhanças:

Rubens Barrichelo possui os trejeitos de certos personagens do desenho: Possui uma “aerodinâmica lingüística” bem aguda, fala o que vem á mente e ás vezes até exagera em seu tom de reclamar, típico cara rude, com jeitão de “Rufus Lenhador”.

Rubinho deixou seu lado “Penelope Charmosa” (ou seja, a nobreza e a passividade) de lado e hoje não aceita mais ser o segundo colocado. Não que ele seja um “Peter Perfeito” do asfalto, mas ás vezes é bom botar medo feito o “Cupê Mal Assombrado” e enfrentar a “Quadrilha da Morte”, vulgo imprensa. Além dos críticos e suas risadinhas típicas de Mutley, o cachorro sarcástico do Dick Vigarista.

Mas se colocarmos essa história numa plataforma mais moderna e atual, eu diria com todo respeito e admiração que guardo de Rubinho que ele me lembra muito o personagem do Kopa no Mário Kart 64: um carro pesadão e lento que vive dando pau na pista, um motorista reclamão e birrento e um bando de adversário torcendo pra que tudo dê errado.

No Mario Kart, os jogadores possuem atributos que dificultam a vida dos adversários. É um tal de casco vermelho, casco verde, raio, banana. Rubens Barrichelo reinventou os acessórios e hoje arremessa molas nos adversários. Uma ótima idéia para os progenitores do game.

Quem já jogou Mário Kart e conhece a Corrida Maluca sabe muito bem o que estou falando.
Quem sabe um dia possamos comparar nosso esforçado Rubinho ao famoso Top Gear ou Need For Speed!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Por um dia menos High Tech


Tão veloz quanto nosso precioso tempo diário, os avanços tecnológicos são tão rápidos que mal conseguimos acompanhá-lo. Quando você começa a se adaptar ao novo celular que você adquiriu todo sorridente em 2 prestações sem juros no cartão de crédito, logo surge uma atualização.

Você nem teve tempo de pagar a última parcela e seu novo artefato sai do orgulho da compra e entra na chatice do ultrapassado. É a funcionária “Evolução” batendo cartão diariamente na empresa do Sr “Avanço”, enquanto isso, o tempo tenta sair do estágio para galgar sua promoção.

Ao mesmo tempo em que o mundo retrô é resgatado do passado e vem pro presente na concepção de idealistas e designers de moda e de produtos. O mesmo passado não arrecadaria numericamente a fama das invenções de hoje, eu explico:

Jamais o educado robozinho Artur teria a glória e a fama que o Ipod adquiriu em sua aparição, e ambos foram inovadores em seu devido segmento.

Imagine o pogobol (aquele artefato idiota onde você pulava feito outro idiota pelo quintal da casa, quebrando vasos e destruindo os xaxins da sua mãe). Pense na existência dele hoje. Qual seria o clamor? Nenhum! A molecada fica na expectativa do lançamento de games como Resident Evil 6, Final Fantasy 9, Guitar Hero 6 e por aí vai...

Teria pena se o Aquaplay fosse lançado hoje, na era dos pocket games!

A sociedade se tornou circular plagiando a circunferência do mundo em que vivemos. Hoje em dia tudo que fazemos gira em torno de botões! Botões não faltam para simplificar a sua vida e facilitar seu dia a dia em inúmeras formas:

Botões pra lavar roupa e secar roupa, pra baixar música, pra ouvir música, botões até pra andar de skate. Computadores repletos de plugins e conference call. Pra que se locomover de um escritório á outro? Converse com um simples toque no botão!

Café no bule? Esqueça a tua avó cara! Hoje o botão faz tudo, inclusive cappuccino com chocolate, o café é uma mera força de ilustração numa máquina de fazer café.

Requentar comida no fogão depois de um dia inteiro de reuniões, cursos e academia? Que nada, use o microondas! Hoje em dia tem tanta modernidade e inovação nesses projéteis vitais para a cozinha que você pode até escolher a cor que mais combina com você.

É tanta tecnologia ao nosso bel prazer que á vezes me sinto um camundongo de laboratório á espera de um novo experimento!

Por isso mesmo fiz um teste comigo e cheguei ao veredicto final:

Se você vive chafurdado com a cara no computador, pega táxi com o notebook aberto, anda com dois tipos de celulares, possui contas no Twitter, Netvibes, Facebook, Orkut e seu parceiro fiel de academias é um Ipod, sorria! Você é um heavy user da tecnologia, vulgo bitolado!

Estou pensando em desenvolver um treinamento por uma vida menos High Tech, mas como vou divulgá-lo? Ah, já sei! Me passem seus emails, Twitter, celulares, Facebook, Orkut, Myspace...

Tenho idolatria pelos Jetsons, mas sinto falta dos Flintstones!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Roupa de balada


Hilário porém interessante a maneira como as situações claras e evidentes dão um equilíbrio existencial ao nosso ecossistema social, veja o exemplo abaixo:

Roupa de balada é sempre roupa de balada, não tem como escapar disso! Mas a roupa de balada de fato surgiu para escravizar a moda, para enaltecer as grifes e ilusoriamente para glorificar os seus respectivos usuários. Usuários solteiros que estão em constante inquietação promíscua e que vão á caça com ou sem algum tipo de critério. O essencial é se sentir bem com o traje!

Analise! Tudo se encaixa dentro de um sistema ético: você assiste um filme de comédia para se estrebuchar de rir, você vai á farmácia em busca da cura imediata da sua dor (seja ela onde for) e por aí vai...

O problema é quando as ordens se invertem: o namorado querendo ir pra balada (com sua roupa de balada), porém, tentando ludibriar sua fiel e devota parceira. Em certas circunstâncias e em certos horários, nem mesmo uma súbita vontade de comer pamonha disfarçaria quando você é descoberto na hora do pulo, ou seja, indo pra balada, com sua roupa de balada.

Roupa de balada negligencia qualquer desculpa. Não denota seriedade, é totalmente recreacional, superficial. É a linha tênue entre o diálogo civilizado e o quebra pau. No conceito da sua respectiva namorada, é ressuscitar seu lado mais cafa (aquele lado que você prometeu á ela que estava enterrado há anos).
É acionar o modo predatório porque ninguém vai pra balada quando se está comprometido, balada e namoro são composições heterogêneas, quando praticadas dissimuladamente, é claro!

Portanto, se estiver com sua namorada num belo cenário ou até mesmo numa famigerada sala de cinema e estiver com o pensamento voltado no esquenta que os amigos estão fazendo naquele postinho, e na balada que vai rolar depois, vá preparado: Coloque a roupa de balada dentro do porta-malas e pronto: vá pra guerra!

Ah? E não se esqueça jamais de convidar sua namorada, você corre sério risco de estar amanhã nesse mesmo esquenta, com os mesmos amigos só que dessa vez dormindo na casa de um deles, ou na sua, com o cachorro lambendo sua boca!

sábado, 1 de agosto de 2009

Pacote completo



Sou eu quem te faz acordar com um largo e irradiante sorriso na face!
Sou eu quem transforma teu café da manhã em uma coisa vantajosa, benéfica e salutante...

Sou eu quem te faz pular da cama e dizer: “Pouts grila! Finalmente você chegou!”
Sou eu quem você almeja ver todos os dias, mas por fatores bíblicos e etimológicos isso não é possível...

Eu sou uma tentação! Te faço reverberar, divagar, fantasiar, caminhar ao acaso, correr, suar, nadar. Te faço desfrutar das dádivas da vida com mais lascívia e com mais tesão, e você se entrega sem hesitar e sem exigir absolutamente nada.

Nós temos um pacto e você faz de mim um hábito gostoso pra se curtir!

Eu sou ortodoxo, contemporâneo. Eu sou arte, sou música, sou anfetamina e sou endorfina. Eu sou uma lâmpada dentro da sua massa cefálica!

E como o equilíbrio existencial é necessário, ás vezes te faço sofrer, chorar, repensar nas cagadas, se esconder, se encolher, se isolar. Entretanto, não permito o desânimo invadir nosso relacionamento!

Ás vezes sou mãe, pai, irmão mais velho, primo mimado, melhor amigo, melhor consolo, melhor refúgio, amparo, melhor alívio, alívio imediato. Mas ás vezes (poucas vezes), eu não preencho suas projeções. Quem mandou você depender de mim?

Te arranco de casa, te oferto o que você procura, te convido para apreciar um bom vinho, mas a companhia é você quem traz. Te empresto meu bom humor, minha vivacidade, minha benevolência e minha tolerância, e você pode abusar que eu não me importo. Que coisa boa hein?

Sei que ás vezes você se aborrece porque o tempo muda e a chuva atrapalha. Sei que você se desaponta quando as pessoas não são pontuais, não são delicadas e só olham para o próprio rabo. Sei que você fica doido de raiva quando está gripado (justo hoje) e o mal estar te negligencia a fazer tudo que você planejou, mas o que posso fazer? Você não pode me acusar em nenhum desses tópicos!

Eu sou de tudo um pouco e do pouco um tudo! Sintomático, homeopático, esotérico, terapêutico ou neotérico, não importa. Eu sou o que você escolheu ser. Sou teu espelho e teu reflexo!

Muito prazer, eu sou o sábado!

Agora vá se arrumar que a noite está chegando e você sabe muito bem o que ela te espera e o que eu te ofereço!