Crônicas

sábado, 8 de junho de 2013

Alfabetização emocional



O sentimento punitivo nos oprime, nos esmaga e nos transmite uma sensação alucinógena de claustrofobia, entretanto, para a alfabetização emocional só existe este caminho.


É uma ponte feita de cipó prestes a se arrebentar a 500 metros de altura, só que para conseguir vencer a inanição do lado em que você está você precisa superá-la, ou seja, ultrapassá-la.

O sentimento punitivo vem do arrependimento pela persistência inconveniente dos velhos hábitos. O desespero em silêncio dos impulsos ensaiados de vidas após vidas, ou das escolhas feitas ao longo dessa jornada. Queremos renunciar, mas somos influenciados por nossas más inclinações...

Expectativas. Pressa. Renúncia. Anseios. Vigilância. Desamparo.

Parabéns! Você caminhou tanto que finalmente se encontrou com o indagador universo do conflito interior!

O que fazer? Como agir? “Devo?” “Posso?” Realmente “preciso?”.

O importante é você “precisar porque pode e deve” se reformular.

A reeducação sentimental é sofrível e penitente, e quando você joga este dragão de sete cabeças dentro do calabouço do castelo que você mesmo criou, ele se revolta. Quer retomar o seu domínio sobre você. Te alfineta os pensamentos. Te enlouquece com ideias sórdidas enraizadas por um passado dissoluto e degenerado. Você entende que aquela realidade é virtual, que não te pertence, mas quando menos espera, já está descontando seus medos infundados por meio de discursos agressivos e julgadores (totalmente desprovido de isenção).

Os valores adormecidos precisam ser despertados. Precisamos reagir! Você não é assim, mas precisa se confrontar e conquistar este Dragão feroz e indomável.

O Dragão é astuto e aproveitador e usará diversas manobras para ludibria-lo até você perceber que já saiu do foco e que trocou todo este esforço pela tua rotina de pensamentos estagnados dentro da sua casa, ou pela mesa de bar com os amigos. Amigos estes que te querem sempre bem, óbvio, o problema é que o mecanismo desse bem querer é repetitivo e linear, o que não deixa de ser uma tentação para teus antigos hábitos.

Toda punição é válida, porque dela nasce o arrependimento e sem o mesmo não haveria as desilusões e a vontade motivadora de superação. Mudar a nossa natureza é uma obrigação que, cedo ou tarde, virá à tona, seja pelo amor, seja pela dor.

Por amor envolve zelo, apreço, colo... Você pode até aprender, mas tem a consciência que se houver alguma oscilação, este declínio será perdoado.

Pela dor é o caminho dos mais audaciosos. Você aprende por sinais, convive um convívio absoluto com o teu eu, grita, reluta, e finalmente dá o start para esta viagem ao encontro da sua sombra, ou, se preferir, Dragão.

... E diante desse complexo e extenso caminho (a 500 metros de altura) você finalmente descobre que tudo o que você sempre procurou estava alí - do outro lado - pacientemente à sua espera: A sua aceitação.

“A mudança para melhor não implica em destruir o que fomos, mas dar nova direção e maior aproveitamento a tudo que conquistamos, inclusive nossos erros.”





Fonte inspiracional: Reforma Íntima Sem Martírio.

4 comentários:

  1. Realmente tudo isso é um fato e Felizmente eu tenho aprendido pela dor porque sou audaciosa...acho que a vida não deve ser totalmente perfeita, temos sim que errar, temos sim que quebrar a cara, temos que ter sentimentos de decepção não só de alegria ou satisfação, toda essa soma de sentimentos faz parte do nosso crescimento emocional...Devemos ser audaciosos sempre, levantar a cabeça e enfrentar olho no olho, dar o rosto pra bater se for preciso, porém nunca desistir do nosso objetivo de conquista e satisfação pessoal.
    Vamos despertar todo conhecimento e valores que ficaram adormecidos e se for preciso, fazer "reeducação emocional" que assim seja, enfim, que as mudanças venham e aconteçam=)...Priscila

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  2. Hoje resolvi entrar aqui e ler o mais recente texto, já que fazia um bom tempo que eu não passava por aqui. E o que eu encontro? Um texto perfeitamente escrito, que eu me reconheci desde a primeira palavra até o último ponto final.
    Estou vivendo um momento exatamente igual ao que o texto descreve. Buscando uma reeducação emocional, uma mudança interior. Estou buscando melhorar o meu EU. Descobrir exatamente quem eu sou. e Porque nesses anos eu me perdi, me perdi interiormente.
    As vezes pensamos em mudar para agradar as pessoas ao nosso redor, agradar pessoas que amamos, mas as mudanças em nossas vidas tem que ser feitas por nós e para nós mesmos, para o nosso bem, para a nossa saúde física e mental.
    Erros são cometidos a todo instante, erros que percebemos visivelmente, e erros inconscientemente, mas são através deles que poderemos mudar nossas vidas, nossos jeitos de ser.
    Eu acredito que a personalidade de uma pessoa é pra sempre, é ela que mostra quem realmente somos, o que somos, mostra nosso caráter, nossa índole, mas muitas vezes esquecemos dela, e mudamos nossos jeitos, mudamos por medo, por insegurança, por pensamentos insanos, nos tornamos uma pessoa um tanto quanto maluca. Pessoas capazes de afastar quem amamos, há um pequeno passo de perdemos essas pessoas.
    Então está na hora de acordamos e mudarmos nosso jeito, para o bem de todos.Seja o que você sempre foi, se mudou pelo caminho da vida, mude de novo, ainda da tempo de você se tornar quem você realmente é, ou deseja ser.
    Não se perca no labirinto da vida, há uma entrada e uma única saída, monte seu trajeto e siga ele. Esse levará aonde você quer chegar!!

    Obrigada por me propor há um momento de leitura tão bom!!

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  3. O cronistas se entregam em suas história, não é mesmo?

    O bom disso é saber que eu, vc e milhares de pessoas estão, em tempo real, caindo na própria real, rssss.

    Aconselho a vc ler bastante, frequentar e conhecer alguma religião que lhe conforte e que lhe auxilie...

    Pratique a caridade! Ajude quem precisa! Empreste seus timpanos para quem precisa só desabafar....

    A caridade é um meio em que descobrimos uma troca mútua entre o que precisamos e o que precisam de nós...

    Acho que é isso....

    Mudar sempre, desde que o crescimento espiritual e moral sejam a meta!

    besos

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  4. Oooops, histórias.

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