Crônicas

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A teoria do homem ideal



Toda mulher solteira a procura é míope...

A maioria.

E todo homem solteiro que investe é previsível.

Um fato.

O homem solteiro é uma vítima das suas ações repetitivas e da sua dependência de locais ensaiados.

O que convida a mulher para a balada exibe em primeira mão a sua insegurança e coloca a rejeição sempre na vanguarda das suas investidas; se levar um fora, ao menos terá a penumbra e outras candidatas mais fáceis para disfarçar o indecoroso insucesso.

O que convida para um bar possui a coragem vinculada a uma certa maturidade, mas ainda assim, por estar num local de “despojo social”, se favorece dessa poluição visual para inverter o processo “locutor e ouvinte”, ou você nunca notou que quando sai para um bar com um pretendente, você fala bem mais que ele?

O que convida para um jantar (eis a previsibilidade mor) possui uma bifurcação intencional: Ele pode ser um meigo, fofo e protecionista da conquista engajada ou pode ser um ardiloso, meticuloso e ordinário comedor, que se compraz desse cenário para ludibriar a presa. Ele ataca se defendendo ou usa sua defesa para atacar.

O que convida para um cinema (embora esta expedição pertença à classe cronologicamente inferior as demais) geralmente é monossilábico, ou sofreu algum revés catastrófico quando criança (rejeição dos pais, notas baixas na escola ou um algum tipo de deboche da menina preferida da 7ª série) ou realmente não sabe dialogar com o sexo oposto, na dúvida, ele vai te encher de pipoca e tentar uma investida surpresa quando te oferecer um halls.

Mas calma, embora esta crônica pareça com um “manual do apocalipse conjugal” existe meu último sopro diante dessas incursões amorosas “bem sucedidas”, porém ensaiadas...

Caminhada no Parque!

Esse tipo de abordagem aniquila qualquer pretendente que viva de edredom e chocolate aos domingos, mas também não precisa ser uma campeã de triathlon, basta entender que para se encantar é preciso conhecer... E caminhar.

Se um homem te convidar para caminhar em algum parque você estará diante de algumas opções e expectativas não usuais. Aqui, a realidade com as intenções se revezam, se coincidem e não existe nenhum sistema comercial como nas demais investidas.

Imagine!

Você, com uma roupa totalmente casual, cabelo preso e o moço de camiseta, bermuda e boné...

Pense no desafio: o homem que te convida para uma caminhada em plena luz solar, não se importará se sua cara estiver inchada feito uma bolacha trakinas, nem tampouco ligará para seu rosto limpo sem os quilos excessivos de maquiagem.

O cara realmente quer te conhecer, e o que é melhor: ele quer que você fique por dentro das suas intenções, sem joguinhos mirabolantes, sem dizer o que não é e sem fazer moral materialista sobre o melhor bar ou restaurante mais top.

O não óbvio pode ser muito mais atraente do que você imagina, e pode romper paradigmas que poderão ressaltar uma beleza que você desconhecia.


3 comentários:

  1. Pois é, meu caro... eu gostei muito do seu texto, concordo com o que você disse. Acontece que convidar para uma caminhada é algo que exige uma certa "coragem", se é que posso tratar um assunto tão complicado nestes termos. Justamente porque ambos vão de cara lavada. E ok, é disso mesmo que as pessoas estão precisando. Na minha humilde opinião seria uma forma mais autêntica de conhecer alguém de verdade. Mas e aí? Cadê essas pessoas pra te convidar para uma caminhada no parque? Cadê pessoas que você queira convidar? O mundo anda pluralista demais, e já não sei se isso é um problema ou a solução. Eu corro regularmente no parque do Ibirapuera, três vezes por semana. Já recebi convites para correr no parque, já aceitei, mas os motivos foram outros. E morando três anos em SP, até hoje ninguém nunca me abordou depois da corrida, e nem eu nunca abordei ninguém, naquela hora em que tudo termina. É engraçado isso, né... as pessoas perdem muita oportunidade. Vamos disseminar essa ideia de abordagens no parque. Eu ficaria feliz =D

    Abçs, Luciane.

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  2. Olá querida Luciene, me sinto honrado em ler suas palavras, são muito originais no que tange a falta de coragem e iniciativa das pessoas...

    Por que precisamos beber para conhecer alguém, não é mesmo? Por que tem que ser a noite? Quem disse que é preciso cenário adequado? rssssss

    Vc já segue o ideias no almaço no Facebook? Ficarei contente!

    Obrigado

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  3. Recentemente convidou uma mulher para um passeio para conhecer ela. Ela imediatamente começou a me desafiar e quis lutar verbalmente. Ela tornou-se beligerante. Eu encontrei uma maneira de acabar com a conversa e foi embora um pouco confuso. Mais tarde, eu acredito que ela estava com raiva de todos os homens que conheci e queria provar a si mesma. Ela não tinha nenhum desejo de prazer. Isso está acontecendo com um monte de mulheres que sentem que seu novo poder para ser como os homens. Eles adotaram o animus e ignorou completamente a anima. Eu sou mais cuidadoso antes de eu ir em caminhadas com esta nova geração de feministas no parque.

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