Crônicas

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Ah o Natal


Aquela euforia capitalista embasada na troca de presentes, no corre-corre frenético rumo às lojas.

O brasileiro? Ah o brasileiro, muitas vezes caracterizado pelo espiritualismo, pela compaixão e por estender a mão ao próximo, dessa vez estende a mão para pegar sacolas, bolsas, apetrechos em geral, tudo em prol da sobrevivência material.

Ah o Natal...

Não tem jeito, a população, em sua densa maioria, adota um enfoque adverso nessa época do ano. Os consumistas gastam o que vai além do orçamento, reverenciando os templos de consumo por uma justificativa pragmática: O Natal!

Também pudera, quem vai lembrar o real significado do Natal numa era tão banal?Ah o Natal...Não vou me acrescer de ideologias ingênuas discursando ou indagando sobre o fundamental propósito do Natal, o fato é que a simbologia roubou a cena; já notaram as pessoas? Uma possessão inexorável pelo gasto excessivo e pelo superficialismo.

As visitas ensandecidas rumo a José Paulino, aos Shoppings, a Oscar Freire, a 24 de maio e às Americanas... Mas isso é necessário não é mesmo? Aquece a economia de um país tão corrupto e miserável como é o nosso.

E a ficção vai desencorajando a realidade. Me diga uma coisa: Quando o Natal passar, qual será o enredo? O refrão? O que contaremos para nossos amigos, vizinhos e até filhos?Ah esquece vai! Depois de 6 dias entra o Reveillon, posso contar outra historinha?

Nenhum comentário:

Postar um comentário