Crônicas

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Desejos e propósitos


Eu me permito me desencontrar só para buscar o propósito de me encontrar subalternando-me com as ciladas da vida. Amei, desamei, desandei e me reciclei para amar novamente...

... O cíclico sempre me encantou.

Tenho meus tombos como uma passagem amnésica. Trato-os com certa habilidade, classificando-os como o início de um recomeço; um novo ponto de partida...

E assim a fé renasce.

E assim a fé emerge. Revivida por novas inteligências que entram em nossa vida sem aviso prévio – que bom que é assim – porque assim revigoram-se também os novos desejos.

Desejos sobrepujados por tombos... Desejos que estavam imaculadamente tímidos porque talvez não lhes restasse esperança de escrever uma nova história... Desejos aptos a entrar em cena, aguardando avidamente pelo retorno da imersão do protagonista.

O teatro da vida tem suas conjecturas um tanto que abrasivas e inversas ao que pensamos sobre o lógico ou ético. Isso porque não compreendemos o fato de recrutar um coadjuvante e o mesmo naufragar com toda uma produção. Burrice? Estupidez? Não, perfil inadequado para a peça.

Mas ao contrário de uma peça fictícia (com ingresso a venda e comercial na TV), não enterramos o protagonista, ressuscitamos antigos propósitos (talvez até os anteriores) para aplicá-los novamente, só que dessa vez, com novos desejos diante de um propenso engajamento de perfil.

O perfil é um conglomerado de valores que compõem a extensão dos nossos propósitos.

O desejo é encontrar alguém que preencha os mesmos propósitos simplesmente porque o protagonista nunca abandona sua peça, ele a vive contracenando com novos coadjuvantes, dando vazão a novas possibilidades e assegurando que o show não pode parar.

Antes de ressuscitar os seus desejos, tenha sempre em mente a convicção dos teus propósitos.

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