Crônicas

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O amor nos tempos modernos


Nós homens somos mais indecisos que as mulheres, nos tempos modernos. As mulheres são mais atrevidas que os homens, nos tempos modernos. Somos mais caprichosos, porém, somente quando amamos, caso contrário, damos mais importância para as enchentes de São João do Parintins.

As mulheres? Ahh as mulheres. Confundem o momento com o que devem fazer: na hora de facilitar, complicam, e na hora de complicar, facilitam.

As mais aplicadas à instituição chamada “família” assistem a degradação da espécie pelo noticiário: meninas escravas da prostituição, mulheres sendo assassinadas por homens metidos a machão, virgindade sendo perdida através de encontros pelo Orkut e MSN...

Banalização geral!

As mulheres que se acham as mais “espertas” fazem de tudo para conquistar um lugar diante dos holofotes, ou diante do banco de uma BMW. As heroínas que cravaram seus nomes nos anais da nossa história são substituídas vergonhosamente por nomes como “Mulher Melancia”, Mulher Funkeira, Maçã, Moranguinho...

Nos tempos modernos, mulheres se tornaram frutas em quitandas chamadas de “desapego”!

Em relação a isso, nós homens, não temos muito que dizer. Preservamos o nosso lado Ogro de ser: somos moleques, ingênuos, sabichões, bobos e cegos, muitas vezes cegos e persistentes... Nos tempos modernos.

É engraçado, passamos os primeiros nove meses de vida tentando sair desesperadamente de um lugar que depois passaremos a vida inteira tentando entrar novamente. Coisa de gente indecisa...

Em nossa cadeia de modalidades, existem várias tipologias, conceitos e títulos (que as próprias mulheres nos dão), nos tempos modernos:

Homem email: Sempre com uma notícia diária.
Homem antivírus: Vasculha seu MSN, Orkut, Facebook, à procura de alguma “derrapada”.
Homem Iphone: Tecnologia multifacetada: você ouve, aperta, escreve, fala e desliga (tudo isso cabível em uma bolsa).
Homem batedeira: Você nunca sabe quando irá precisar, mesmo não estando certa sobre o motivo.

Embora não gostemos de taxar as mulheres, inegável não dizer alguns tipinhos que perambulam por aí:

Mulher inundação: Parecem àqueles troncos boiando nas enchentes repentinas da cidade, rodam pra onde todos estão rodando.
Mulher transporte público: Mais rodada que catraca de ônibus.
Mulher spam: Você pensa que é uma coisa boa e quando descobre é pura propaganda.
Mulher enxaqueca: Anticonceptivo mais usado pela mulher hoje em dia, nos tempos modernos.

Frente a esse cenário sem muitas expectativas para se relacionar verdadeiramente, eu faço uma pausa no tempo:

Salvo raríssimas exceções, não sei como era o amor nos tempos do cólera, mas nos tempos modernos é uma palavra de quatro letras, com duas consoantes e dois idiotas.

7 comentários:

  1. Amei...como eu sempre digo sou muito ruim para escrever, por isso gosto de ler coisas bem escritas...muito boa a sua crônica...me divirto lendo suas crônicas....já está repetitivo o meu comentário...hahahaha.....

    Bjos

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  2. Ok, aqui vai o comentário legal:

    Ainda bem que superei essa fase moderna, eu vivo na pós-modernidade!

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  3. Ler seus textos se tornou uma obrigação prazerosa e divertida no meu dia a dia...

    Adorei as tipologias masculinas, e lamentavelmente concordo com as femininas.

    Parabéns pela sagacidade.

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  4. acho que vossa senhoria esta muito discrente no futuro...
    eu nao estou...sei que nao existe isso de futuro...rs!

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  5. O amor do tempo da modernidade, tem muito mais letras: relacionamento. As pessoas não se amam mais, não de doam mais, não sofrem mais... elas se relacionam. Se está bom, a relação continua. Se não está, a relação acaba. Simples, como o macarrão e os enlatados do tempo moderno.

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  6. O amor nos tempos modernos....

    Uma banalidade, uma diversificação de pessoas...

    Ninguém se importa realmente e sabem porquê?

    Porque tá na moda fazer a fila nadar!

    Simples assim!

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