Crônicas

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A parte para quem faça parte


Já passou algum período com alguma pessoa se desapaixonando?

Atipicamente eu sinto uma sensação típica de uma relação desgastada por imbecilidades a prova de bala. Sintoma clássico: Enquanto curtimos o gosto inebriante da liberdade, procuramos nos prender a alguém, mas quando nossa liberdade é adulterada, almejamos viver (no máximo) na condicional.

Relação bipolar: Cela e sentinela. No sentimentalismo lírico da cantora Ana Carolina mandando para o meu Semancol, sinais de fumaça organizados em 3 estágios de “jás”:

Já sei. Já foi. Já era.

O celular tocou em meio a uma turbulência que já fazia parte daquele sofá surrado da sala dela... Às vezes é bom tocar algo pra que a gente se toque. Cansei desse amor de conta de bar, tudo anotadinho minuciosamente, esperando a cobrança daquele que fez muito por tão pouco: Eu.

O amor não está para a contabilidade assim como a contabilidade não está para o amor. Ou você já viu alguém gostar de contabilidade? Isso é falta de opção!

A devoção a conta gotas dela me irritava e me colocava em questionamento; deixei ela a vontade desde a primeira mesa quadrada de bar, mas a minha vontade era maior que a vontade dela... Em resumo: perdi a própria vontade.

Sua sensibilidade, adequadamente do tamanho de uma lata de atum me espantava, mas depois minha frustração se acalentava por outras medidas que me mediam quando eu resolvia não me deixar mais de lado... Quando eu “vivia” reparava que outras pessoas poderiam viver comigo em uma vida saborosamente a dois...

Mas acho que na real, o que fez desbotar meus dias ensolarados foram suas ficções nada científicas em acreditar que sexto sentido resolve tudo... Há de se ter sabedoria para não confundir “avaliação” com “ilusão”!

Tentei dizer que eu não era um interruptor, mas bem antes disso, quem já havia se desligado era ela.

Malditas manias fixas: Sempre tentei preencher meu vazio preenchendo o vazio de outras pessoas. Já me reciclei!

Eu não queria ter certeza de nada, mas também não queria viver na dúvida. Por isso pulei fora...

É possível pular fora mesmo levando um fora? Dá um tempo pro tempo que é possível sim. Hoje sou grato pelo empurrãozinho que levei na porta do avião... Me faltou ar na hora, achei que ia despencar e espatifar a cara no chão, mas no desespero da rejeição, esqueci que estava de pára-quedas... Cheguei ao solo “pesadamente levitando”...

Enfim, todos nós nos transformamos em outra coisa (que o diga a minha inigualável mãe), que queria que eu fosse médico, mas fui me apaixonar pelas formas desuniformes das palavras...

Enfim, precisamos fazer a nossa parte para quem queira fazer parte de um todo, ou de um tudo...

Como diz o Ed Motta, virei um gato pingado fora da lei, voltei para os meus telhados de uma vez!

Assim que eu ver uma programação bacana em algum canal (lá dos meus telhados), eu aviso vocês...

16 comentários:

  1. Affffffffff!!!!

    Demais querido....

    Verdadeiro e direto!

    bjksssss

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  2. Nossaaaaaa
    Amei
    Um dia eu aprendo a escrever tão lindamente como vc

    Parabens

    BJKZ

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  3. SENSACIONAL!!!!!!

    Ótimooooo!!!

    Vc é demais poeta!

    rssssss

    beijos beijos!

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  4. AHhhhhhhhhhh Dehhhhhhhh!!! Nao pensa assim na... rsrrsrsrs

    Amei, mas nao quero que combine com voce... Bjs

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  5. AHhhhhhhhhhh Dehhhhhhhh!!! Nao pensa assim nao... rsrrsrsrs

    Amei, mas nao quero que combine com voce... Bjs

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  6. Sem palavras!!!!!

    Dá vontade de ser assim, seguir este teu conto, essa tua imaginação.... Muito criativo!

    bjss guapo!

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  7. Falta sinceridade na humanidade.

    Somos seguros pra falar o que não gostamos e inseguros pra falar o que gostamos.

    É assim, homem e mulher!

    Renato

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  8. Concordo com o amigo Renato.

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  9. Superação, superação, superação.São assim os seus textos.Magnífico este !!! Alguns trechos de tirar o fôlego.André.... André .... como eu te invejo...
    Só espero que a angústia e a desesperança que em algumas frases se fazem presentes, não te acompanhem no dia a dia.Mil beijos e... quero mais!!!

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  10. Realmente concordo com a Cecília...

    Adorei!

    Autêntico, real, profundo!

    Muito inspirador.

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  11. Andrézão, tem vc lá no meu blog na nova postagem, passa lá!

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  12. Muito boa andré, parabéns por me distrair!

    Adorei!

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  13. Relacionamento é tudo isso neh?

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  14. Meu caro...

    Acho que você já ouviu algumas histórias minhas.
    E é incrível como esse texto combina perfeitamente com o que já aconteceu comigo.
    Desapaixonando-me pela pessoa um pouco, todos os dias... E foi assim até o fim de um relacionamento de anos.
    Mas, passado é passado.
    E hoje, a minha história é completamente outra e totalmente apaixonante todos os dias!

    Adorei!

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  15. vamos ser politicamente corretos vai, o que é um relacionamento sem companheirimso?... quando as pessoas, ou melhor dizendo quando o ser humano vai cair na real e descobrir que a vida a dois não e´um simples jogo de cartas onde alguem te seleciona as mesmas, e as que voce acha que nao se encaixa a sua sequencia, siplesmente poe as em cima da mesa descartando-as , o que é preciso para as pessoas descobrirem afinal que um relacionamento se baseia primeiramente no amor, (principio basico) na confiança, e na dedicaçao, seriamos seticos se dizermos que a vida alheia nao importa mais quando estamos com alguem que nos desperta interesse, derrepente descobrimos que nao amamos aquela pessoa...claro por acusa do maldito interece, mais a maioria da vezes o interece das pessoas nao é descobrir o que ha de dentro pra fora, mais sim no que ha só por fora.. Tudo bem como diria meu querido primo André Luiz Evangelista... eu nao vou mudar o mundo! mais pelo menos posso aprender a nao ser mais um igaual a tantos outros por ai, temos que ser diferentes se quisermos fazer a diferença!!!! Boa Primo belo texto....

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