Crônicas

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Pela porta dos fundos, com muito orgulho!


Uma passagem infeliz na vida profissional de qualquer cidadão:

A meta comum de todo ser vivo é a sobrevivência. Diante disso, nós, meros mortais e coadjuvantes desse circo humano nos deparamos com duas vertentes: ou nos espelhamos na integridade e na boa conduta, ou partimos para os valores terrenos e tacanhos...

É com propriedade com que venho abordar os sentimentos mesquinhos e medíocres de alguns protagonistas dessa sociedade corporativa, haja vista, fui vítima dessa falsidade ideológica que certos membros dessa Companhia confundem sordidamente com “política de relacionamento”.

Entretanto, me deparo com um paradoxo bastante heterogêneo. Estive num ringue de boxe, não em uma Companhia digna para se trabalhar:

No canto direito do ringue vejo um funcionário autêntico, fiel à boa conduta e aos bons hábitos, transparente, ética ponderada, do tipo boca livre. No canto esquerdo do ringue, vejo um adversário manipulador, dissimulado e arrogante. Disposto a difundir a discórdia por razões passionais e banais.

Indago plausíveis questões: se o caráter e a filosofia que alguns colaboradores exercem debatem-se frontalmente com a filosofia oposta da Companhia. Onde estão os modelos de valores tão falados em reuniões, colocados em murais, explícito nas integrações e brifado constantemente no dia a dia?

E o que dizer então dos procedimentos de atuação? Sempre pautados por sólidos preceitos éticos e por integridade, respeito, profissionalismo e trabalho em equipe???

Certo de que a idade se debruça sobre os ombros de alguns colaboradores, isso não justifica e muito menos ameniza a confusão apocalíptica que se faz em uma atmosfera de trabalho.

Não podemos confundir a indisponibilidade pessoal que se tem de um companheiro de trabalho (irracional, diga-se de passagem) com seu competente profissionalismo! Isso não seria característica de uma pessoa retrógrada e intempestiva? Voltemos á justificativa cronológica.

De certa forma, essa pluralidade se diferencia dos meus princípios acadêmicos. O apontado como “parceiro da terceira idade” é na verdade o embrião do politicamente correto que cumprimenta a todos diariamente com bom humor adjacente e austero, mas é seguidor fiel da frase: “Não nos tornamos vítimas de ingratidões enquanto mantivermos condições de oferecer favores”.

A famigerada busca pelo interesse alheio desenfreado e dissimulado. Suas ações são baseadas na crença de que “bajulando um dia chega lá”, o que poderia ser ilusoriamente traduzido como integração, instinto democrático e uma obsessão terrível em representar um personagem.

Mas como diz a canção: “É preciso saber viver”. Preferencialmente, com boa dosagem de humor. Humor bem ao estilo do brasileiro. Nós que temos a capacidade (ou a mania) de rir da nossa própria desgraça. Para não sucumbirmos diante da desastrosa realidade. Mantendo, por assim dizer, nossa capacidade de indignação e de resistência.

Embora o silêncio seja algo extremamente apreciado por pessoas de auto-intelecto, oferto essa minha manifestação para abrir os olhos, ou curar a tifóide dos membros mais sensíveis e menos pragmáticos dessa Companhia, referente a esse “ser engajado do mundo capitalista moderno”.

Obrigado a todos que me ofertaram conteúdo e sabedoria.

Sem mais!

2 comentários:

  1. Adorei sua crônica, retrata muito bem o ambiente das companhias no geral...99% são assim...

    adorei....

    Bjos...

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  2. Fala Andre....100% realidade!!!!! Concordo em gênero, número e grau com tudo q vc escreveu.
    Bjs

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