Crônicas

terça-feira, 29 de setembro de 2009

As primeiras quatro rodinhas a gente nunca esquece


Assim como o antigo dilema sobre quem veio primeiro, o ovo ou a galinha. Aqui o Ideais no Almaço questiona quem rodou nas ruas primeiro? O skate ou o Carrinho de Rolimã?

No início da década de 60, os surfistas da Califórnia queriam fazer uma evolução com as pranchas de surf. Havia muita seca na região e então foi criado o “sidewalk surf”. Em 1965, surgiram os primeiros campeonatos, mas somente na década de 70 o “sidewalk surf” se tornou mundialmente conhecido como skate.

Tratado como um grande sonho de infância por muitos, o carrinho de rolimã fez muito sucesso nos anos 70 e 80, muito embora não haja nenhum documento específico que comprove quando surgiu o carrinho de rolimã... Tão misterioso e tão enigmático quanto à idade da Glória Maria.

O fato é que esse brinquedo arcaico virou febre pelo fato de ser totalmente artesanal. Os pais economizavam dinheiro e as casas de ferro velho agradeciam a preferência.

A receita para fabricar o carro dos Flintstones era fácil: Com apenas um caixote ou um pedaço de tábua, pregos á vontade, martelo, borracha de pneu para o freio, muita paciência e quatro rolimãs, toda criança podia montar seu pequeno bólido e rachar as canelas nas ladeiras das ruas.

No Brasil, com o passar dos anos, o rolimã evolui e deu origem a outros tipos de brinquedos como o lendário skate, e outros artefatos inúteis e estúpidos (como patinete e o velotrol) que na certa foram desenvolvidos pelo mesmo inventor do bocha.

Praticamente extinto, o rolimã foi sendo substituído por equipamentos mais modernos e inovadores, é o caso do skate motorizado. Esse novo board permite fazer movimentos parecidos com o do Surf, proporcionando muitas cavadas e rasgadas no asfalto, porém elimina qualquer esforço físico, coisa pra preguiçoso mesmo!

O Board é pura inovação: possui controle wireless, com acelerador sensível chegando a uma velocidade máxima de 35 km/h. Acompanha baterias incrivelmente recarregáveis com duração em torno de uma hora de muita ociosidade e falta do que fazer.

Retornando ao passado artesanal, o carrinho de rolimã possuía uma comunicação exponencial e equlibrada entre o seu dono, além de uma troca de favores fora do comum: Você montava no carrinho, usava e abusava dele na descida, depois ele sorria gentilmente pra você e dizia: “agora é minha vez buddy”! A subida era algo crucial e exaustivo, mas valia cada passada.

E já que existe político querendo mudar o nome do Parque do Ibirapuera para “Michael Jackson”, por que algum benfeitor não sanciona uma lei para desenvolver “rolimã vias” ou “skatetódromos” pela cidade de São Paulo? Melhor do que “inventar moda” é reinventar a própria moda!

2 comentários:

  1. Melhor que não entender nada de carrinhos de rolimã e coisas semelhantes ,é ler suas crônicas e achar interessante, que assuntos variados e sem interesses pessoais , possam trazer momentos de lazer e reflexão.Continue... sempre.

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  2. hehehee....
    carinho de rolimã combina com bunda ralada...rs

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