Crônicas

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Dualismo mais que perfeito




Enquanto o mal está concluindo sua 3° MBA, uma delas na London Business School do Reino Unido, o bem está saindo do primário de alguma escola pública do estado. É espantoso descrever a sagacidade do mal e sua voracidade. Leva-se um “Barrichelo” para construir algo e leva-se um “Bolt” para destruí-lo.

O mal é autodidata, o bem é inculto e imaculado? Mentira, isso tudo é asneira pra promover histórias e lucrar com elas (que o digam as festas de Halloween).

O bem e o mal são contextos pré fabricados e que variam de acordo com o lado em que você está. É um dualismo: Uma esposa trai o marido e pode pensar que não está praticando um ato de infidelidade, ou um advogado que defende um elemento que cometeu crimes hediondos pode achar que ele é passível de ser absolvido. O bem ou o mal podem ser convertidos de acordo com quem o faz.

Mas por que será que toda bendita vez que se debate algo sobre o bem ou o mal as pessoas incluem sua religião? O bem é sempre caracterizado pela cor branca, ou por uma coloração azul clarinha, vulgo azul calcinha, lembra o céu e as nuvens e conseqüentemente os anjos. Por que ele não pode ser lembrado nas cores vermelha e preta? E por que cargas d água anjo têm que ter asinhas emplumadas e um contorno de frescobol na cabeça?

Já o mal é caracterizado pelas trevas, pura bobagem! Trevas é sinal de miséria e de falta de planejamento econômico na família, não tem nada a ver com o mal. Não pagou a conta de luz? Vai ficar nas trevas.

Ainda acredito que o bem e o mal não têm tanta força quanto o moral da história. Tudo isso se agrupa em uma analogia simples: Em um livro! O prefácio somos nós, seres pensantes. O bem e o mal seriam o começo e o meio, e por fim, a moral da história. A moral da história possui força, é imbatível e resume toda uma trajetória, seja ela benéfica ou maléfica.

Diante desse livro, surgem os personagens indesejáveis, como a Lei de Murphy. Mas o pobre Murphy só pode ser relacionado com o certo e o errado, com a sorte ou com o azar, não tem nada a ver com o bem e o mal. Lembre-se que a sorte ou o azar sempre estão em perfeita simetria equitativa: O seu azar contribui para a sorte alheia, muito embora você não esteja dando a mínima para quem recebeu a sua sorte. Seu egoísta juramentado!

O bem e o mal só existem na sessão da tarde (entre os mocinhos e bandidos) e nos programas de fofocas (entre os desocupados fuxiqueiros).

O resto? O resto está na sua pré disposição!

Um comentário:

  1. Não consigo entender porque o mal é tão maior que o bem.Porque noticiam-se tantas coisas do mal: Horas e horas de TV, páginas e páginas dos jornais, conversas e discussões das maldades deste mundo por todos nós.E das coisas boas? ( e olha que são muitas) escutamos uma frase, lemos uma linha, ignoramos a maioria...Será que temos que concordar que o homem é mau por natureza??Que o mal não se aprende?? é intrínsico?? e a bondade se adquire ,no exemplo ... na educação...???Que pena!!! Então vamos assistir de camarote a vitória do mal.

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