Crônicas

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Os segredos da Caverna do Dragão


Esqueça essa historinha infantil produzida para os jovens da década de 80. A Caverna do Dragão foi um sucesso, mas foi abandonada misteriosamente, sem final e sem uma explicação lógica para o próprio enredo do desenho. O fato é que todos os 11 personagens (Hank, Eric, Sheila, Diana, Presto, Uni, Bobby, Mestre dos Magos, Tiamate, Demônio das sombras e por fim O Vingador) não eram bem o que o produtor colocou para nós, pobres e ingênuas criancinhas na época. Confira:

- Hank era o arrogante bonitão da “troupe” de perdidos do suposto limbo. Seu perfil era o sonho de consumo das menininhas: loiro, alto, forte, corajoso, fiel e defensor dos amigos. Bobagem! Hank era o empreendedor metido a besta que nós convivemos em toda Multinacional. Hank foi eleito o líder por consenso absoluto do “time”, mas demonstrava fragilidade ao proteger seus eleitos. Era líder pela postura austera e bom relacionamento, mas não tinha segurança na sua própria capacidade de liderar, o típico gestor que adquire sua promoção nos alicerces da amizade (da amizade de pessoas de grau hierárquico elevado. Nada óbvio!).

- Eric era o típico “engraçadinho” que toda turma possuía no primeiro grau! No desenho ele era o cagão da troupe e mesmo assim se achava o “bambambam”. Na verdade Eric era um riquinho mimado cheio de manias e que dependia da equipe para tomar qualquer decisão. Um autêntico membro do RH de uma empresa: adora se gabar nos “brainstorms”, mas na “hora h” decide o que todos decidirem.

- Sheila me lembra nome artístico, mas não se iludam: De artista ela não tinha nada! Sheila era a amiguinha hipócrita da equipe, sempre disposta a “integrar” e a “colaborar”. Na verdade ela sofria de depressão e vivia triste pelos cantos da floresta. Sheila tinha os requintes básicos dos estagiários de uma Companhia que usam a boa aparência e os elogios para se estabilizarem no emprego, é o estereótipo nefasto do puxa saco! Acho que em vez da capa ela deveria ter asas de abelha: Quando não está fazendo “cera”, está “voando” pelos deptos da empresa.

- Diana era a “ginasta do grupo” (a nossa Daiane dos Santos). Adorava fazer acrobacias e salvar seus amiguinhos do poderoso Tiamate. Falando sério? Diana não passava de uma balzaquiana fragilizada com a ideia de envelhecer, isso porque ela era a mais tia do grupo. Se existisse botox e silicone na época eu diria que ela seria uma autêntica secretária da presidência: sempre de bem com a estética, porém, visitando a terapia regularmente.

- Presto veio das entediantes festas infantis dos salões dos prédios (onde os mágicos roubam a cena). Presto era o mágico bem sucedido, sempre socorrendo os amigos com suas magias mirabolantes. Falso! Presto não acertava sequer uma mágica. Quando pedia algo para seu insolente chapéu, este por sua vez mostrava o oposto da mágica, colocando o inimigo pra chorar de rir e os amigos pra suar de correr. Ser mal sucedido em suas tentativas de adivinhar uma situação casa muito bem com nossos “curandeiros” consultores empresariais: adoram prever as possíveis oscilações do mercado e identificar oportunidades, mas não acertam em uma metodologia.

- Uni era o bichinho de estimação de Bobby (bilu bilu, que gracinha). Animava os membros do grupo com seu jeitinho meigo e ímpar de animalzinho carente... No entanto, me predisponho a destacar sua dupla personalidade. Na verdade, Uni era a pior aluna do Vingador e que por sua vez, a transformou em um unicórnio, (pasmem, ela era uma gostosona fabricada, tipo mulher funkeira, e tão "inteligente" quanto). Sua função, para retomar a forma de “mulher quitanda” era assegurar a permanência dos amigos no limbo do inferno. Bajuladores e puxa sacos como Uni estão em todas as Multinacionais, e não possuem cargo específico. Você pode ter sido um e nunca se deu conta disso!

- Bobby: E por falar em coisinhas delicadas vamos falar do Bobby, o herói do grupo. Com seu tacape mágico, Bobby saía derrubando tudo o que via pela frente. Era um pirralho se achando o fodão! Bobby era o primeiro a borrar as calças e seu medo primordial era o próprio medo de encarar sua imaturidade. Também pudera, só tinha 10 anos. Isso me lembra aquele operário das famosas “rádio peão” das Empresas. Quando recebe a notícia da promoção no cargo, logo estufa o peito se achando o Donald Trump. Por Deus, é muito ego pra um corpo só!

- Mestre dos Magos era o soberano do bem maior. Mas como um anão idoso poderia ajudar o grupo a sair daquele mundo hediondo? Ele daria um ótimo sucessor do Mestre Yoda em Guerras na Estrelas (são parentes, tenho certeza!). O “maquinista de ferrorama” adorava palpitar e seus conselhos filosóficos eram sempre mal sucedidos. Palpiteiro me remete a lembrar os nossos “indagáveis” assessores, sempre aptos a opinar em algo que já está produzido, encaminhado e resolvido. Já viram algum palpite dar certo?

- Tiamate era a consagração do mal em sua mais assustadora forma. Um dragão gigante de cinco cabeças, (até o Vingador se borrava com ele). Suas cinco cabeças formulariam um arsenal químico imbatível para o Pentágono. Devo confessar que não há contradições nesse personagem, mas ele prestaria ótimos serviços para o depto de contas a pagar de qualquer companhia. Imaginou um dragão de 5 cabeças cobrando pelo trabalho não pago? Seria o fim da inadimplência no Brasil!

- Demônio das Sombras era o “capachão” do Vingador! Dedicava sua vida a bisbilhotar e a fofocar as atividades dos meninos, uma espécie de Leão Lobo das tardes das donas de casa desocupadas. O fiel escudeiro do Vingador daria um perfeito “office boy” interno em qualquer pequena, média e grande empresa. Carregando malotes e colhendo informações para seus gestores.

- O Vingador era o vilão supremo, maligno e diabólico. Ele tinha os três elementos fundamentais para se graduar como um excêntrico filho da puta: Era falso, impiedoso e hipócrita, uma verdadeira ameaça tripla! Entretanto, o Vingador não passava de um quarentão ranzinza e intolerante cujo desejo era expulsar os visitantes indesejáveis do inferno. O demônio das Sombras, seu fiel discípulo, era nada mais nada menos que o Saddan Hussein, contrariando o que eu disse acima sobre a sua real identidade (não ia ter graça desmascará-lo antes da hora certo?). A tarefa de Saddan era ajudar os meninos a encontrar o Hopi Hari (o famigerado parque de diversões), e enviá-los de volta á sua cidade. Afinal de contas, o inferno já está bombado de gente hipócrita, metida á bonzinho e cheio de boas intenções, o Vingador só queria sossego!



8 comentários:

  1. que tipo de droga voce usou antes de escrever isso???
    hahahahahaa....

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  2. Exatamente assim...
    Numa hora dessa, mesmo sabendo que sou uma advogada e todos sabemos bem pra onde vão todos que fazem parte dessa "raça", mesmo sabendo que seria só mais uma molestando o cansado Vingador, ainda assim, dou graças a Deus por ser uma mera terceirizada dentro da empresa que trabalho...rs
    Adorei Baby!
    Excelente, como o habitual...

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  3. Apesar de não ter muita intimidade com estes personagens a história é ótima e retrata bem os infortúnios e enfrentamentos das pessoas " normais" que precisam mostrar a que vieram aos ogros do mundo.Como sempre André... sensacional!!

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  4. com base no q tu escreve isso? se drogo ants de escreve msm sdahsdauidsa

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  5. só queria saber onde ele aprendeu a biografía de todos.. Principalmente da Diana rsrs delicinha :P

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  6. cara acho que você não teve infância. quando você escreveu isto você tinha fumado crack ?

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